Pronto, já passou o aumento de juros norte-americano. Vamos lá, mercado. Ontem, como previsto, o Fed não surpreendeu e aumentou a taxa de juros em 0,25 pp. No comunicado que veio na sequência do anúncio da nova taxa alvo de juros, Jerome Powell (chair do Fed) disse que podem vir novos aumentos, a depender do comportando da economia americana. Muitos dados serão considerados e nada está definido quanto ao futuro dos juros por lá.
Já aqui a coisa está indo bem para o lado do real. A agência Fitch aumentou a nota de crédito soberano do Brasil. A justificativa foi um desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado. Só essa notícia já beneficiaria nossa moeda, mas a baixa do dólar foi contida pelo aumento de juros do Fed e pelo comunicado, senão já poderia estar abaixo de R$ 4,70. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 4,7281 para venda.
O que pode ocorrer hoje? Uma correção e mercado dar um “gap” tentar voltar para R$ 4,75, mas o mais provável é testar os R$ 4,70 por fundamentos. Só que não esqueçam, fluxo é soberano. Pode desbancar qualquer fundamento.
A queda da inflação no Brasil já é fato, como vimos o próprio IPCA-15 registrando deflação. Na próxima reunião do Copom aqui, será divulgado o início de corte de juros da Selic, atualmente em 13,75%. A dúvida é se cairá 0,25% ou 0,5%.
No calendário econômico para hoje, teremos no Brasil o IPP (índice de preços ao produtor) e o índice da evolução de emprego de junho. Na Europa, é dia de decisão de taxa de juros, que deve subir. Vamos acompanhar a declaração de política monetária na sequência na coletiva de imprensa. Nos EUA, veremos o PIB trimestral do segundo período, pedidos por seguro-desemprego e vendas pendentes de moradia.
Bons negócios a todos e muito lucro!