Difícil afirmar com qualquer certeza, no entanto, ficou evidente que após muitos dias seguidos de lateralização abaixo da importante região de preço de R$ 4,800, neste pregão de 4a feira (28/06) deixamos pra trás pontos de alta relevância como por exemplo o 4.812,00 e mais acima o 4.860,00. Mas porque essa valorização?
Muitos são os fatores que podemos associar a subida como, por exemplo, a alta nos juros aqui no Brasil em toda curva de DIs curtos, médios e longos apesar da expectativa do mercado em iniciarmos uma redução a partir de setembro ante previsão de agosto, a fuga de capital para economias que ainda estão na curva ascendente de ajuste nas taxas de juros, como por exemplo a dos Estados Unidos. A força do dólar perante as principais moedas no mundo, por exemplo, às que compõem o Indice DX com alta sustentada ao longo do dia todo. E, possivelmente, um dos ingredientes mais frequentes observados por quem opera contratos futuros Day Trade que são os possíveis ou supostos “stops” de posições vendidas tanto de Pessoas Físicas como de Institucionais impulsionando e dando maior amplitude nas movimentações.
Há algumas semanas que não escrevo e, se você acompanha minhas publicações, deve lembrar que comentei em algumas delas essa jornada do Dólar que estava percebendo rumo a R$ 4.800,00. Pois bem, chegamos há algumas semanas e ainda vejo grandes possibilidades de vermos a moeda sendo atraída para esta faixa de preço considerando que não tivemos grandes e relevantes mudanças no cenário global e doméstico que dessem uma outra cara às preocupações e otimismos que o mercado acompanha. Ora, olhamos para trás e vemos tantos desafios econômicos que estão sendo trabalhados no mundo, volto a destacar o fantasma da recessão e da inflação, este último gerando resultados nas últimas divulgações de dados econômicos.
Animador por aqui com diminuição na elevação dos preços e bons horizontes na perspectiva de um PIB melhor que o projetado e por outro lado tanto na Europa quanto nos EUA os reflexos dos apertos nos juros afetando a cadeia da atividade econômica. Declarações recentes de Christine Lagarde (BCE) e Jerome Powell (FED) convergem para a mesma preocupação: Que suas decisões não afetem a Indústria e o Comércio a ponto de causarem mais mal às nações que o benefício do controle de preços pode prover. Na Zona do Euro, já é esperado novo aumento nas taxas de juros em julho.
Em suma, muitos são os fatores que podem estar juntos pressionando nossa moeda mas de uma coisa precisamos levar em consideração, ainda que iniciemos a redução da nossa taxa, seja em agosto ou setembro, como foi interpretada a ata do COPOM (Comitê de Política Monetária), ainda assim, nos manteremos muito atrativos perante às outras opções que os investidores encontram. Podemos concorrer por parte deste capital com nossa taxa atrativa, reformas avançando, elevação na recomendação da classificação de risco país e avanço nos segmentos que somos especialistas como o Agro.
Colaboração: Marcos Alexandre Pinto