Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9309. O mercado reagiu à aprovação da suspensão do teto de gastos no final de semana nos EUA. Os dados fracos da economia norte-americana também reduziram as preocupações com a inflação e as apostas de que, em sua reunião deste mês, o Fed elevará a taxa básica de juros, hoje na faixa de 5,00% a 5,25% ao ano.
Provavelmente, haverá uma pausa na alta dos juros já na próxima reunião de política monetária dos EUA. Dados abaixo do esperado nos Estados Unidos contribuem para tirar ímpeto do dólar ao reforçarem as apostas de que o Federal Reserve vai interromper o processo de aperto monetário em seu encontro na semana que vem.
Neste momento, o mercado vem recompondo suas carteiras com ativos de risco ou desmontando as posições de proteção de um calote dos EUA.
Por aqui, considerando o cenário do Brasil, o ânimo se deve ao andamento do novo marco fiscal no Congresso e a possível agilidade de tramitação no Senado, e a inflação mais comportada, que pode fazer com que haja corte na nossa taxa de juros. Ontem, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a afirmar que a inflação está melhorando, embora novamente tenha dito que isso está ocorrendo de forma ainda lenta, principalmente no caso dos núcleos, que ele destacou terem queda "bastante lenta".
Agora, vamos acompanhar o que o diferencial de juros Brasil EUA trará para o câmbio.
Para agora, as atenções se voltam para o IPCA de maio que sai amanhã, em uma semana entrecortada por feriado de Corpus Christi no Brasil na quinta-feira, que também deve ter no radar a tramitação do texto da nova regra fiscal no Senado e as discussões envolvendo a reforma tributária.
Para hoje, no calendário econômico, na Europa temos vendas do varejo. No Brasil, a receita tributária federal.
Bons negócios e muito lucro! E você, acha que o dólar está barato? Até onde vai?