Bom dia, mercado de câmbio! Pois é, azedou! Ontem, estive em um evento promovido pela ABRACAM (Associação Brasileira de Câmbio), representando a Getmoney e escutando o Campos Neto, presidente do Banco Central, sobre o cenário macroeconômico. O que mais nos afetou no câmbio foi a questão dos juros mais altos no exterior por um período mais longo, o que acaba valorizando o dólar. Também foi enfatizado que a estabilidade da trajetória da dívida depende da aprovação dos projetos no Congresso, visando uma arrecadação adicional para o Brasil.
O dólar à vista fechou ontem cotado a R$ 5,0675 para venda. No exterior, a diretora do Fed, Michelle Bowman, afirmou ser necessário pelo menos mais um aumento na taxa de juros devido à alta inflação. O petróleo tem contribuído para a elevação da inflação global. Nesta semana, a agenda dos EUA está cheia, e o mercado deve reagir a cada dado para ter uma melhor diretriz na formação da taxa de câmbio. Serão divulgados dados sobre a indústria, serviços e mercado de trabalho não agrícola.
Vamos ver para onde vai o carry trade? Apesar de ainda ser atrativo com nossos juros em 12,75% ao ano, está se tornando cada vez menos interessante (com os dois cortes próximos já anunciados pelo BC), em comparação com os juros que devem permanecer mais altos por mais tempo nos EUA, considerando também a maior segurança de investir lá do que aqui.
Os dados de ontem no Brasil foram bastante positivos, tanto a criação de empregos do CAGED, com abertura de 220.844 vagas formais, quanto o superávit de US$ 8,9 bilhões na balança comercial brasileira em setembro.
Quanto ao calendário econômico de hoje, teremos o IPC da Fipe e a produção industrial de agosto no Brasil, além do discurso de Bostic, membro do FOMC, e as ofertas de emprego JOLTS de agosto nos EUA. E então? Será que o novo normal será um dólar acima de R$ 5,00? Parece que, por enquanto, sim.
Desejo bons negócios e muito lucro a todos.