Hoje veremos a reação do mercado após a aprovação, ainda que apertada, sobre o teto da dívida americana. A Câmara, controlada pelos Republicanos, votou 314 a 117 para enviar a legislação ao Senado, que deve promulgar a medida e levá-la ao presidente Joe Biden antes do prazo final de segunda-feira (5).
A matéria suspende o teto da dívida dos EUA até 1º de janeiro de 2025, o que significa que não haverá um limite até essa data, permitindo que Biden e os parlamentares deixem de lado esta questão até depois da eleição presidencial de novembro de 2024. A medida também limita alguns gastos do governo nos próximos dois anos, acelera o processo de licenciamento de alguns projetos de energia, recupera fundos não utilizados da Covid-19 e expande os requisitos de trabalho para programas de ajuda alimentar a beneficiários adicionais.
A super alta dos últimos dias no câmbio pode ser parcialmente devolvida hoje. O mercado pode ver com alívio essa questão do teto avançar para o Senado e também pelo próprio fluxo, que deve desmontar posições após mercado ter subido muito agressivamente pela Ptax de ontem.
Ontem os comprados venceram a disputa pela USD/BRL PTAX de fechamento de mês e fizeram o dólar puxar forte no decorrer do pregão. O movimento foi nítido. Até as 13:30 a moeda norte americana chegou abater a máxima de R$ 5,1284. Após a divulgação da Ptax R$ 5,0953 a moeda começou a devolver um pouco os ganhos e fechou o dia cotada a R$ 5,0722.
O mercado está aflito pelos dados que saíram nada bons dos PMI da China. Indústria e serviços caíram por lá, e como o país é consumidor de commodities, acaba penalizando moedas como a nossa. Na Europa, dados mostraram que a inflação na França e em alguns dos maiores estados da Alemanha está esfriando. Os números reduziram a pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE) para continuar elevando os juros, diminuindo a atratividade do euro em relação ao dólar.
Mas a balança continua com motivo para pender para o lado do dólar, se considerarmos a possível diminuição ainda em junho do diferencial de juros pró-Brasil. A percepção de que o Fed pode elevar sua taxa de juros, atualmente na faixa de 5,00% a 5,25%, ou até manter o juros no patamar atual, também da suporte à moeda norte-americana no Brasil, já que internamente a leitura é de que o Banco Central está próximo de iniciar o processo de cortes da taxa básica Selic.
No calendário econômico para hoje veremos na Europa a divulgação das atas da última reunião de política monetária, o PMI industrial de maio e o IPC, além de discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE. Por aqui, vamos saber o PIB do primeiro trimestre e como ficou o PIB anual, também o PMI industrial de maio e o Caged de abril. Nos EUA, acompanharemos o PMI industrial, ADP (variação de empregos privados) de maio, pedidos por seguro desemprego e discurso de Harker, membro do Fomc.
Bons negócios a todos e muito lucro.