Quando o curto prazo é desafiador, o investidor observa o médio prazo e os desafios de sustentar uma posição ou uma estratégia crescem, sempre que existe uma comunicação volátil e sem rumo do governo, especialmente ao usar o ‘mercado’ como um bode expiatório.
As declarações do atual presidente, ainda que algumas possam ser colocadas em contexto, como da independência do Banco Central necessitaram a intervenção, mais uma vez, de Padilha e agora de Tebet, de forma a garantir que a atuação da autoridade monetária segue os ritos normais e não há desejo de se alterar isso.
O presidente citou e repetiu suas críticas ao tal ‘mercado’ tanto em uma entrevista durante a noite, quanto em um evento no dia seguinte, criando a volatilidade já conhecida, rechaçada pelo movimento de commodities que sustenta, como citamos no primeiro parágrafo, o cenário de médio prazo que pode beneficiar o Brasil.
A China dá sinais reiterados de que buscará a meta de crescimento de 5,5% este ano, após fechar 2022 aos 3%, menos número desde 1961 e portanto, os esforços tem nitidamente a capacidade de reverter parte do que pode se converter como uma recessão nas economias centrais em 2023.
A autonomia do Banco Central no regime de metas à inflação condiciona a queda dos juros a um cenário que depende basicamente de variáveis ligadas exatamente à inflação, mas não somente a inflação atual, como a ancoragem das expectativas.
Neste contexto, tal ancoragem não depende somente do rumo dos preços e dos cenários de atividade econômica e preços de commodities, mas também do componente fiscal e sua previsibilidade, o que dá conforto à autoridade monetária para retomar um ciclo de afrouxamento monetário.
Este último, depende quase que exclusivamente do governo e, portanto, é dele parte da responsabilidade de criar um arcabouço suficientemente previsível e factível, para que o Banco Central sinalize o corte de juros com a mínima folga.
Dos dados já divulgados: o mercado imobiliário nos EUA continua a sinalizar contração, enquanto a saúde do mercado de trabalho continua impecável; o PBoC manteve inalterados os juros na China e no Japão, a COVID foi rebaixada novamente, com CPI ainda forte (4% aa); PPI na Alemanha negativo em dezembro, porém acima das expectativas de -1,2%, aos 0,4%.
Atenção hoje às vendas de imóveis existentes nos EUA e sem resultados corporativos relevantes.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após o fechamento negativos dos últimos dias.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, apesar da inflação japonesa ter atingido o maior nível em 42 anos.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam no positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro, prata e ao minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, na expectativa de juros menos intensos nos EUA em 2023.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,19%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1765 / -0,10 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,055%
Dólar / Yen : ¥ 129,56 / 0,755%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,355%
Dólar Fut. (1 m) : 5191,90 / 0,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,49 % aa (0,23%)
DI - Janeiro 25: 12,61 % aa (0,58%)
DI - Janeiro 26: 12,52 % aa (0,78%)
DI - Janeiro 27: 12,54 % aa (0,85%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,6179% / 112.922 pontos
Dow Jones: -0,7580% / 33.045 pontos
Nasdaq: -0,9559% / 10.852 pontos
Nikkei: 0,56% / 26.554 pontos
Hang Seng: 1,82% / 22.045 pontos
ASX 200: 0,23% / 7.452 pontos
ABERTURA
DAX: 0,346% / 14971,87 pontos
CAC 40: 0,483% / 6985,42 pontos
FTSE: 0,278% / 7768,79 pontos
Ibov. Fut.: 0,55% / 113755,00 pontos
S&P Fut.: -0,03% / 3914,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,330% / 11372,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,05% / 111,90 ptos
Petróleo WTI: 0,21% / $80,50
Petróleo Brent: 0,14% / $86,28
Ouro: -0,03% / $1.929,37
Minério de Ferro: 2,16% / $126,40
Soja: 0,05% / $1.513,25
Milho: -0,37% / $674,00
Café: 0,19% / $153,20
Açúcar: -0,05% / $19,62