Bom dia Investidores,
Ontem o Ibovespa caiu 0,17% a 104.637 pontos, com um giro financeiro fraco de R$ 11 bilhões.
Conforme Acorda Mercado de ontem, os investidores estão apreensivos aguardando hoje o discurso de Bolsonaro, que pode ser um divisor de águas para o Brasil, seja para o lado bom seja para o lado ruim. Nunca o discurso de um presidente do Brasil na ONU foi tão esperado, já que tudo pode acontecer. Pelo que se sabe, Bolsonaro deve evitar polêmicas e adotar um tom mais ameno. O discurso está marcado para às 10hrs.
Ontem pesou para a queda o cenário europeu, com as leituras da indústria e serviços da zona do euro vindo pior do que o esperado. O PMI composto da zona do euro atingiu o pior patamar em seis anos, já o PMI industrial da Alemanha atingiu o pior nível em mais de uma década.
Esses dados ruins na Europa causaram mais preocupações com uma desaceleração global, e colocaram mais pressões para os BCs, principalmente para o FED, agirem para garantir mais liquidez ao mercado.
Com isso as ações da Vale (SA:VALE3) recuaram 0,66% mesmo com o preço do minério de ferro voltando a subir. Já as ações da Petrobras (SA:PETR4) subiram 1,78%, acompanhando a alta do preço do barril de petróleo e também impulsionado pela antecipação de recebíveis da Eletrobrás no valor de R$ 8,4 bilhões.
Os bancos fecharam em queda, com Itaú (SA:ITUB4) caindo 0,32%, Banco do Brasil (SA:BBAS3) perdendo 0,48%, Santander (SA:SANB11) cedendo 0,39% e Banco Inter (SA:BIDI4) com perdas de 1,22%. A exceção foi o Bradesco (SA:BBDC4) que subiu 0,20%.
As maiores altas do índice foram de Suzano (SA:SUZB3) subindo 3,41%, Cielo (SA:CIEL3) com ganhos de 2,62% e Via Varejo (SA:VVAR3) com alta de 2,16%. Já as maiores quedas foram de CVC (SA:CVCB3) caindo 3,70%, Localiza(SA:RENT3) perdendo 3,32% e Cosan (SA:CSAN3) cedendo 2,52%.
Dá pra notar que empresa que se favorece com o dólar em alta, como por exemplo a Suzano, aproveitou a alta da moeda. Já empresas ligadas ao turismo, como a CVC, sofre com o dólar mais alto já que dificulta a viagem dos brasileiros ao exterior.
Marfrig (SA:MRFG3) segue como maior destaque do mês, com alta de 32,22%, acompanhada de Braskem (SA:BRKM5) que está subindo 16,34% em setembro. Já os piores destaques seguem sendo os papéis da Eletrobras (SA:ELET3), caindo 11,43% na ON (ELET3) e 9,16% na PNB (ELET6 (SA:ELET6)).
Indo para o dólar, a moeda voltou a subir, chegando a R$ 4,17, com alta de 0,43%. A expectativa de que os juros por aqui caiam abaixo de 5% no final do ano pesa bastante para a desvalorização do real. Além disso, o Fed não sinalizando corte de juros também gera pressão. Já o euro subiu 0,17% a R$ 4,59.
Os DIs tiveram um dia de alta, devolvendo parte do prêmio conquistado na sessão anterior sob a expectativa de novos cortes na Selic. O DI jan 2021 subiu de 4,98% para 5,01%, enquanto o DI jan 2025 subiu de 6,70% para 6,74%.
Já os títulos do Tesouro subiram nos prefixados, com a LTN 2022 subindo de 5,58% para 5,63% e a NTN-F 2029 subindo de 7,04% para 7,08%. Em compensação os juros reais caíram, com a NTN-B principal 2024 recuando de IPCA + 2,64% para IPCA + 2,63%, enquanto a NTN-B 2026 recuou de IPCA + 2,84% para IPCA + 2,83%.
O relatório Focus ontem mostrou uma queda do IPCA, de 3,45% para 3,44%, um aumento na projeção do dólar de R$ 3,90 para R$ 3,95 e manteve a Selic em 5,00% para o final do ano.
Na agenda hoje, além do discurso bastante esperado de Bolsonaro na ONU, também teremos a ata do Copom às 8hrs e o IPCA-15 às 9hrs. Já a votação da PEC de previdência no Senado ficou para amanhã. Ás 10h30, saem os dados da arrecadação federal.
Indo para os Estados Unidos as bolsas fecharam praticamente de lado, com o Dow Jones subindo 0,06%, o S&P500 recuando 0,01% e o Nasdaq caindo 0,06%.
Por lá, EUA e China parece estar se entendendo melhor e devem retomar as negociações daqui duas semanas.
Os investidores têm acompanhado os discursos de membros do FED, para conseguir alguma pista em relação a política monetária. Ontem James Bullard deu bons sinais, ao defender que os EUA adote um instrumento permanente de recompra de ativos de curto prazo, como forma de injetar liquidez no mercado.
As Treasuries estão subindo em todos os vencimentos, a T-Bill para 3 meses está subindo de 1,89% para 1,92%, a T-Note para 10 anos está subindo de 1,69% para 1,72% e a T-Bond para 30 anos está subindo de 2,13% para 2,16%.
O futuro das bolsas estão em alta, com a expectativa da retomada das conversas entre EUA e China. Dow futuro subindo 0,32%, S&P futuro subindo 0,33% e Nasdaq futuro subindo 0,38%, indicando abertura em alta.
Na agenda por lá teremos os dados de confiança do consumidor às 11hrs.
Indo para a Europa, as bolsas abriram em alta, com Euro Stoxx subindo 0,27%, Frankfurt subindo 0,16% e Paris subindo 0,30%. Londres está caindo 0,02%. Já agora pela manhã, Supremo Tribunal britânico considerou ilegal suspensão do Parlamento pedida por Boris Johnson, que agora deve mudar os planos em relação ao Brexit.
Na Ásia as bolsas fecharam em alta, com Tóquio subindo 0,09%, Xangai subindo 0,28%, Hong Kong subindo 0,22% e Seul subindo 0,45%. O PMI composto do Japão recuou de 51,9 para 51,5 na preliminar de setembro, já o PMI industrial caiu de 49,3 para 48,9, o menor nível em três anos.
O preço do barril de petróleo voltou a subir por conta das melhoras nas tensões comerciais e geopolíticas. Com isso a demanda pela commodity tende a subir, elevando o preço. O WTI subiu 0,94% a US$ 58,64, enquanto o Brent subiu 0,76% a US$ 64,77.
O contrato de 250g de ouro, OZ1D, subiu 1,93%, enquanto as criptomoedas estão em baixa, com o Bitcoin caindo 2,24%, a Ethereum caindo 6,75% e a Ripple caindo 2,15%.
Para finalizar, o IFIX caiu 0,04%, tendo como maior alta o FII Brazilian Graveyard and Death Care (CARE11) com alta de 7,40%. E a maior queda foi do FII Kinea II Real Estate Equity (KNRE11) com queda de 2,30%.
Ótima terça e bons negócios!