Ontem o dólar fechou em baixa de 0,59%, a R$ 4,9152. Durante o pregou chegou a R$ 4,905, mas depois recuperou um pouco do fôlego com ajustes e realização de lucros intraday no início da tarde, quando registrou máxima a R$ 4,9513.
O movimento foi de desmontagem de posições defensivas no mercado futuro no embalo de nova leva de entrada de fluxo estrangeiro para ativos domésticos, a despeito do dia menos positivo para commodities.
O dólar já acumula queda de 4,66% em março e de 11,85% no ano.
A grande força para o real está vindo também em razão das tensões geopolíticas, recursos que seriam carreados normalmente para ativos russos e chineses estão desembarcando agora no Brasil.
O petróleo ganhou mais relevância para a formação da taxa de câmbio após o Copom construir um cenário alternativo para a inflação baseado na trajetória de preços da commodity.
O Brasil tem a segunda maior taxa real de juros do mundo, atrás apenas da Rússia, o que atrai capitais de curto prazo.
O diferencial entre juros internos e externos se manterá também elevado mesmo que o Fed acelere o passo daqui para frente.
Com a perspectiva de alta dos juros ainda no radar por aqui e levando em conta que as commodities não devem cair de maneira relevante este ano, o Brasil se torna uma 'saída' para estrangeiros que buscam se proteger da inflação e capturar a alta de bens básicos.
Assim que a guerra terminar as cotações das commodities podem recuar, embora não para níveis vistos antes do conflito.
Portanto investidor, atenção para a guerra, eleições, Fed, Selic e commodities. Essas são nossas variáveis!
Ótimo negócios a todos!