CENÁRIO MACROECONÔMICO
O tapering, com a extensão do programa de recompra de títulos na Zona do Euro é uma notícia positiva no curto prazo, pois apesar de externar uma fragilidade da recuperação da atividade econômica do bloco, demonstra ao mesmo tempo que a autoridade monetária está sensível ao problema e pronta a agir.
A semana termina com índices inflacionários brasileiros e a perspectiva mais concreta de aprovação da PEC 55, passado o imbróglio político, a qual abre espaço para um ciclo de cortes de juros mais profundo nos próximos meses.
As inflações de hoje importam para a curva de juros, porém as atenções se voltam todas à votação no dia 13/12.
CENÁRIO POLÍTICO
Um contexto aparentemente mais fácil para o governo vai se desenhando, apesar das marcas indeléveis deixadas pelo evento do pedido de saída de Renan Calheiros e sua permanência.
O executivo agora deve continuar a lidar com sua própria base, dada a insípida oposição e também com os resultados da gigantesca delação da Odebrecht, a qual já envolve o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Por enquanto, com os ânimos acalmados, o governo deve aprovar a PEC 55 e abre espaço para discussão da proposta de reforma da previdência, pois a atual se mostrou excessivamente estoica e dificilmente deve angariar, no seu contexto atual, a simpatia dos parlamentares.
CENÁRIO DE MERCADO
O mercado ainda calibra as perspectivas com o avanço do programa de estímulo do Banco Central Europeu (BCE), porém a visão é positiva, dada a situação do bloco.
A abertura dos mercados na Europa não possui um rumo concreto, todavia a Itália continua em atenção com o sistema bancário e a quantidade elevada de créditos podres ainda em poder de seus bancos.
O rally pós-eleitoral nos EUA continua firme, mas pode suscitar algumas correções até o final do ano, pois os investidores ainda “acumulam gordura” de modo a aguardar as decisões, principalmente de âmbito econômico de Trump.
Os US Treasuries continuam com queda no rendimento, se traduzindo como alta global do dólar, principalmente com o Euro em queda, como consequência do anúncio do BCE e o petróleo abre em modesta alta, na perspectiva de que os produtores extra-OPEP possam também cortar a produção, tendo em vista a dificuldade de entidade em avançar com o processo.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3753 / -0,51 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,009%
Dólar / Yen : ¥ 114,43 / 0,342%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,079%
Dólar Fut. (1 m) : 3405,39 / -0,84 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 11,90 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 11,48 % aa (-0,61%)
DI - Janeiro 21: 11,75 % aa (-1,67%)
DI - Janeiro 25: 12,04 % aa (-1,79%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,20% / 60.677 pontos
Dow Jones: 0,33% / 19.615 pontos
Nasdaq: 0,44% / 5.417 pontos
Nikkei: 1,23% / 18.996 pontos
Hang Seng: -0,44% / 22.761 pontos
ASX 200: 0,31% / 5.561 pontos
ABERTURAS
DAX: -0,119% / 11166,17 pontos
CAC 40: 0,145% / 4742,35 pontos
FTSE: 0,160% / 6942,66 pontos
Ibov. Fut.: 0,000% / 60771,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2247,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,129% / 4856,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,46% / 87,97 ptos
Petróleo WTI: 1,04% / $51,37
Petróleo Brent:0,84% / $54,34
Ouro: -0,04% / $1.170,26
Aço: 0,00% / $615,50
Soja: -2,33% / $19,65
Milho: 0,65% / $348,75
Café: -0,22% / $137,60
Açúcar: 0,36% / $19,52