Mais uma vez ao resgate, o governo chinês prometeu nesta madrugada que novos gastos de infraestrutura deverão ocorrer, de forma a compensar os problemas conectados ao choque de ofertas e basicamente, da pandemia.
A elevação dos custos industriais para 8,5% acumulados em março na China também ajudaram a impulsionar as bolsas do país, enquanto o restante da Ásia e Oceania seguiram o forte fechamento negativo no ocidente e pela inflação mais forte na Austrália.
Há um claro desequilíbrio na China, com os superávits comerciais vultosos, enquanto a demanda está travada, dada a desaceleração do crescimento e às pesadas restrições da Covid.
Além do anúncio de medidas de estímulo à atividade econômica e para aliviar em parte essas crescentes pressões, a China recentemente permitiu que o yuan sofresse a maior desvalorização em sete anos.
Pelo lado negativo, além dos problemas regulatórios de toda a monta, a desvalorização mais intensa do Yuan tem levado à uma forte fuga de capitais do país e para piorar, atrapalha em muito a captação externa de empresas chinesas, elevando o custo de capital.
Isso pode levar a um movimento de uso mais intenso das reservas do país e novamente, alimentar a desvalorização e apesar de toda a pesada regulação, a China conta com o capital externo para incrementar seu crescimento econômico e a sua ausência pode ser um fator de enorme relevância neste momento pandêmico.
Para o governo chinês, a desvalorização teria também como objetivo abrir uma janela de oportunidade ao investimento estrangeiro com a moeda mais barata, sabendo-se da política de controle cambial estatal.
Ainda assim, preserva uma forte vulnerabilidade da divisa no curto prazo.
Na agenda de hoje, o IPCA-15, o qual ainda reserva pressões importantes como transporte e alimentos será divulgado, onde o IPC da Fipe semanal já registrou alta de 1,72% até o dia 22, denotando continuidade das pressões regionais.
O alívio de habitação ainda está por vir, além de uma pretensa estabilidade de combustíveis.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, retomando após as fortes perdas na sessão anterior, alimentadas por Fed e China.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com dados e sinais positivos da China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, misto, com altas no paládio, cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, na expectativa de novos estímulos na China.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -9,10%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9998 / 2,51 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,226%
Dólar / Yen : ¥ 127,84 / 0,597%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,056%
Dólar Fut. (1 m) : 4985,66 / 2,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,02 % aa (-0,15%)
DI - Janeiro 24: 12,71 % aa (1,11%)
DI - Janeiro 26: 11,97 % aa (1,36%)
DI - Janeiro 27: 11,98 % aa (1,40%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,2334% / 108.213 pontos
Dow Jones: -2,3768% / 33.240 pontos
Nasdaq: -3,9532% / 12.491 pontos
Nikkei: -1,17% / 26.387 pontos
Hang Seng: 0,06% / 19.946 pontos
ASX 200: -0,78% / 7.261 pontos
ABERTURA
DAX: 0,503% / 13825,60 pontos
CAC 40: 0,859% / 6469,64 pontos
FTSE: 0,833% / 7447,71 pontos
Ibov. Fut.: -2,47% / 109675,00 pontos
S&P Fut.: 0,93% / 4209,75 pontos
Nasdaq Fut.: 1,028% / 13126,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,51% / 128,95 ptos
Petróleo WTI: 0,37% / $102,08
Petróleo Brent: 0,61% / $105,63
Ouro: -0,54% / $1.895,15
Minério de Ferro: 0,11% / $152,08
Soja: 1,03% / $1.725,00
Milho: 0,03% / $803,50
Café: -0,72% / $219,80
Açúcar: 0,53% / $19,14