O IPCA ontem acima das expectativas não foi exatamente uma surpresa, principalmente por não fugir da dinâmica esperada para os preços.
Mesmo com a reversão da queda do mês anterior, o resultado foi o melhor para julho em 18 anos e muitos se questionam se o Banco Central já não teria condições de incrementar os cortes na próxima reunião do COPOM.
Apesar do espaço em aberto para os 125 bp, acreditamos que o Banco Central ainda considere elevado o risco dos juros estruturais, em virtude de todo o problema político brasileiro, sendo assim, tenta evitar um corte descontrolado como da gestão anterior, o qual se refletiria como alta inflação no futuro.
Aguardemos o futuro da discussão da previdência.
CENÁRIO POLÍTICO
A reforma política começa a ganhar contornos mais claros, após a aprovação do texto base, o qual pode ser modificado, na câmara ontem e trazer à tona a discussão do voto distrital, considerado a melhor opção para tentar se resolver a aversão atual à classe política.
Por enquanto, o projeto contempla a versão distrital mista, que mistura o sistema atual ao novo, porém emendas podem reverter tal premissa e reservar a votação aos melhores classificados.
No cenário internacional, o tema Coreia do Norte fica ainda mais tenso, com promessas de Kim Jong-Un de atacar o território do Guam, num desafio direto a Trump.
A linha invisível traçada por Trump ao ameaçar Kim foi há muito atravessada e os apoiadores do presidente americano podem pedir uma reação imediata, o que pode ser desastroso para ambos países, pior para a Coreia do Norte.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros em NY operam em queda, como consequência das tensões bélicas iniciadas pelos discursos dos presidentes norte coreano e americano. Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo a indicação de Kim Jon Un de que atacaria o Guam, base americana no Pacífico.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, após abertura em queda, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta só não é observada no minério de ferro e no cobre.
O petróleo abriu positivo, mas ainda existem muitas dúvidas quanto à efetividade dos cortes programados pela OPEP.
No calendário corporativo, destacam-se os resultados de Petrobras, BB, Pine, BRF (SA:BRFS3), Marisa, Gafisa (SA:GFSA3), EZtec, Brazil Brokers, Cyrela (SA:CCPR3), Mahle, Rodobens (SA:RDNI3), B2W (SA:BTOW3), Tecnisa (SA:TCSA3), Carrefour (PA:CARR), Copel (SA:CPLE6) e Eletrobras.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1557 / 0,93 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,298%
Dólar / Yen : ¥ 109,79 / -0,254%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,015%
Dólar Fut. (1 m) : 3163,58 / 0,86 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,88 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,42 % aa (0,72%)
DI - Janeiro 21: 9,33 % aa (0,86%)
DI - Janeiro 25: 10,19 % aa (0,99%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,34% / 67.671 pontos
Dow Jones: -0,17% / 22.049 pontos
Nasdaq: -0,28% / 6.352 pontos
Nikkei: -0,05% / 19.730 pontos
Hang Seng: -1,13% / 27.444 pontos
ASX 200: -0,08% / 5.761 pontos
ABERTURA
DAX: -0,699% / 12069,00 pontos
CAC 40: -0,377% / 5126,30 pontos
FTSE: -1,114% / 7414,52 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 67791,00 pontos
S&P Fut.: -0,412% / 2462,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,646% / 5884,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,38% / 84,80 ptos
Petróleo WTI: 0,61% / $49,86
Petróleo Brent:0,82% / $53,13
Ouro: 0,28% / $1.280,91
Minério de Ferro: -0,76% / $74,80
Soja: 0,05% / $18,42
Milho: 0,20% / $372,75
Café: -0,42% / $142,15
Açúcar: -0,37% / $13,59