Mais uma sessão positiva para o mercado brasileiro, agora com suporte do contexto internacional, este ainda poluído por intensa volatilidade dos ativos, o que não deixou de garantir um bom início de fevereiro.
As atenções agora se voltam ao mercado de trabalho americano e à decisão do COPOM após o fechamento do mercado, a qual, repetimos, damos pesos aproximados de uma elevação de 150 e 125 bp, na necessidade de ajuste das posições do BC, em meio às drásticas mudanças de cenário.
Nos EUA, a projeção de uma criação modesta de postos de trabalho, além da sazonalidade que o inverno traz na busca e abertura de vagas no hemisfério norte, para pelo problema de maior dimensão, onde existem mais vagas do que desempregados, segundo o Fed.
Neste cenário, obviamente o peso dos programas de auxílio desemprego, a maioria com poucas demandas efetivas à quem os acessa, é grande na questão de trabalho e gera impacto em indicadores como produtividade e custo de mão de obra, dados trimestrais a serem divulgados amanhã.
Muitos dos programas em nível estadual já deixaram de operar nos EUA, reduzindo consideravelmente esta renda no último trimestre, o que pode ter beneficiado uma queda de salários e elevação de produtividade.
Isso por que, no terceiro trimestre nos EUA, houve uma queda de 5,2% na produtividade e elevação de 9,6% no custo de mão de obra, o que chegou a afetar o resultado do PIB.
O problema é que muitos estados preservam tais programas, assim como o governo federal, ao que se imputa também a culpa por uma parcela da inflação em recordes constantes nos EUA, sendo essencial sua retirada para evitar a continuidade das pressões, que dificilmente terão alívio de curto prazo, dado também o rumo dos custos de energia e commodities.
Localmente, o retorno do congresso muitas vezes coaduna com o retorno da volatilidade do mercado, em especial quando existem pautas importantes a serem votadas e desta vez será o relatório da reforma tributária a ser lido na CCJ em 9/2, portanto, aguardemos o conteúdo.
Atenção hoje à produção industrial no Brasil.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, seguem ao terceiro dia de ganhos, com Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34) puxando Nasdaq.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, puxados pelas bolsas japonesas, em meio ao feriado lunar em diversas praças.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaques ao minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, após queda nos estoques dos EUA e de olho na decisão da Opep+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,60%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2687 / -0,78 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,195%
Dólar / Yen : ¥ 114,34 / -0,253%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / 0,148%
Dólar Fut. (1 m) : 5311,06 / -0,64 %
Juros futuros (DI)
DI - Janeiro 23: 12,16 % aa (-0,73%)
DI - Janeiro 24: 11,60 % aa (-1,32%)
DI - Janeiro 26: 11,02 % aa (-1,43%)
DI - Janeiro 27: 11,10 % aa (-1,07%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,9673% / 113.228 pontos
Dow Jones: 0,7782% / 35.405 pontos
NASDAQ: 0,7452% / 14.346 pontos
Nikkei: 1,68% / 27.534 pontos
Hang Seng: 1,07% / 23.802 pontos
ASX 200: 1,17% / 7.088 pontos
ABERTURA
DAX: 0,455% / 15690,37 pontos
CAC 40: 0,527% / 7136,90 pontos
FTSE: 0,770% / 7593,77 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,88% / 113669,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0,79% / 4571 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: 1,722% / 15221,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,71% / 109,34 ptos
Petróleo WTI: 0,27% / $88,44
Petróleo Brent: 0,06% / $89,21
Ouro: 0,05% / $1.802,64
Minério de ferro: 1,87% / $138,79
Soja: 0,41% / $1.538,50
Milho: 0,08% / $636,00
Café: 0,91% / $239,50
Açúcar: -0,97% / $18,33