A ata da última reunião do COPOM deixou claro aquilo que se tem comentado constantemente no meio econômico: não há movimento de juros sem sinalização das reformas.
O caso é simples, pois se considerarmos tão somente a situação da atividade econômica no Brasil, necessidade e espaço para corte é o que não falta, principalmente em vista ao elevado hiato negativo do produto.
Por este mesmo motivo, a inflação atual também suportaria cortes adicionais de juros, sem risco de descumprimento das metas determinadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
O problema reside no enorme impacto fiscal de uma possível, e infeliz, ausência das reformas estruturantes, em especial da previdência e como seria o contexto de demanda por financiamento do governo e juros mais altos.
Além do desalento fiscal, o impacto da atividade econômica na redução da arrecadação também não é desprezível, dada a atual situação econômica, demandando não somente juros altos, como também novos impostos.
Por outro lado, a possível aprovação da reforma tem um caráter de estímulo que precisa ser medido pela autoridade monetária, pois os índices de confiança do consumidor e do investidor tem sido impactados pela expectativa da agenda política.
Em resumo, o caso atual, dentro dos cenários citados seria de elevação, não de corte de juros por parte do COPOM, pois se não passar a reforma, o fiscal demanda alta de juros; se passar, a possível melhora nos índices de confiança também podem demandar um aperto.
Daí a cautela do Banco Central quanto aos próximos movimentos de política monetária, pois o cenário político é um desafio injusto a ser medido.
Destacam-se hoje os resultados de Alibaba, ABN Amro, Cisco, Crédit Agricole, Macy's, Vivendi (PA:VIV), Experian (LON:EXPN), Ubisoft, LG, Embraer (SA:EMBR3), Ferbasa (SA:FESA4), Kroton (SA:KROT3) e Somos.
CENÁRIO POLÍTICO
O momento político do governo não é dos melhores, ainda que haja alguma esperança.
Confabulando, poderíamos comparar o governo a um leão na savana. Ele quem manda e é respeitado pelo restante.
Porém, sem outros leões para apoia-lo e ferido, as ‘hienas’ tendem a se sentir confiantes para atacar e ‘arrancar um pedaço’.
Este é o comportamento de alguns parlamentares no momento.
O que falta ao governo, é o apoio de outros ‘leões’, que não os parcos de sempre para evitar cair na emboscada das velhas hienas de sempre.
A ausência de maior articulação política era algo relativamente previsível ao atual governo, até para os que o apoiaram desde o início.
Ainda assim, o problema maior seria, certamente, a opção, diga-se completamente inviável, de Fernando Haddad presidente.
O governo precisa retomar o controle, urgentemente.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com cautela pelos desenvolvimentos da questão sino-americana.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, após o rali no ocidente.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao ouro e prata.
O petróleo abre em queda, com estoques americanos em alta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9753 / -0,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,089%
Dólar / Yen : ¥ 109,36 / -0,228%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 3985,54 / 0,04 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,85 % aa (-1,01%)
DI - Janeiro 23: 7,99 % aa (-0,75%)
DI - Janeiro 25: 8,56 % aa (-0,47%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,40% / 92.092 pontos
Dow Jones: 0,82% / 25.532 pontos
Nasdaq: 1,14% / 7.734 pontos
Nikkei: 0,58% / 21.189 pontos
Hang Seng: 0,52% / 28.269 pontos
ASX 200: 0,71% / 6.284 pontos
ABERTURA
DAX: -0,443% / 11938,45 pontos
CAC 40: -0,371% / 5321,52 pontos
FTSE: -0,057% / 7237,49 pontos
Ibov. Fut.: 0,40% / 92501,00 pontos
S&P Fut.: -0,352% / 2829,20 pontos
Nasdaq Fut.: -0,172% / 7408,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,30% / 79,57 ptos
Petróleo WTI: -0,87% / $61,24
Petróleo Brent:-0,51% / $70,88
Ouro: 0,11% / $1.298,34
Minério de Ferro: -0,53% / $93,88
Soja: 3,07% / $14,79
Milho: 2,10% / $376,25
Café: 1,47% / $89,55
Açúcar: 0,84% / $12,04