Se “acelerar” um pouquinho nas compras a escala de abate evolui sem dificuldade. Já a venda de carne não tem sido suficiente para absorver a oferta disponível. O resultado disso é pressão sobre o mercado do boi gordo.
A facilidade em manter o animal na fazenda e endurecer nas negociações, conferida pela oferta abundante de capim, não tem sido suficiente para equilibrar o mercado e impedir que reajustes negativos aconteçam.
O que se viu no levantamento da última sexta-feira (23/3), diferente dos dias anteriores, foi um mercado mais acomodado em algumas regiões, com compradores mais alinhados nas ofertas de compra. A especulação diminuiu.
Em São Paulo, por exemplo, praticamente todos os compradores que estavam ativos no mercado ofertaram entre R$145,00 e R$146,00/@, à vista, para descontar o Funrural.
O boi casado terminou a semana com preços estáveis enquanto o mercado atacadista de carne bovina sem osso acumulou outra semana de queda de preços.
Semana santa deve esfriar ainda mais o mercado do boi gordo
O cenário no mercado do boi gordo é de baixa movimentação. O lento escoamento nas indústrias deve se intensificar nos próximos dias, devido a semana santa, período que sazonalmente há queda no consumo de carne bovina. Diante disso não há indícios para a recuperação das cotações no curto prazo.
Por Alex Lopes e Breno de Lima (Scot Consultoria)