Os valores da soja em grão seguem em alta no Brasil, impulsionados pelas maiores demandas doméstica e internacional e também pela retração de vendedores, cautelosos para novos negócios no spot. O início dessa recuperação de preços foi verificado na segunda quinzena de abril, quando agentes se atentaram ao clima desfavorável na Argentina e a demanda por farelo de soja brasileiro começou a crescer.
Assim, as cotações do grão no Paraná (Indicador) retomaram os patamares do início de janeiro. Entre 29 de abril e 6 de maio, no Paraná, a média refletida no Indicador CEPEA/ESALQ subiu 1,86%, a R$ 78,64/sc 60 kg na sexta-feira, 6.
Esse cenário também é verificado na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea. Quanto às exportações, a demanda aquecida tem levado ao embarque de volumes significativos. Em abril, foram exportadas 10,85 milhões de toneladas de soja em grão, volume recorde, 20% acima do exportado em março e 54% superior ao de abril/15. Caso o cenário perdure, o Brasil poderá, mais uma vez, embarcar volume recorde e liderar as exportações mundiais da commodity.
MANDIOCA: Clima favorece colheita no Centro-Sul
O clima favoreceu a colheita de raiz de mandioca em todas as regiões do Centro-Sul acompanhadas pelo Cepea. Ao mesmo tempo, a demanda industrial pela matéria-prima caiu, principalmente por parte da indústria de farinha de mandioca. Nesse cenário, os preços da raiz seguiram em queda.
Entre 2 a 6 de maio, o valor médio a prazo da raiz posta fecularia foi de R$ 320,79/tonelada (R$ 0,5785/grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), 3,6% abaixo ao da semana anterior. Agentes consultados pelo Cepea apontam que, até meados de junho, a oferta poderá ser suficiente para atender às indústrias, o que manteria as cotações pressionadas.