A boa demanda por soja mantém o preço firme no mercado interno. Aliás, vale destacar que em maio último, mesmo com a paralisação dos caminhoneiros (que afetou a exportação), o Brasil embarcou 12,35 milhões de toneladas de soja grão (volume mensal recorde).
A tendência é de que, daqui para frente, os volumes embarcados diminuam (efeito sazonal), porém, atenção ao câmbio, que pode limitar a queda do volume exportado.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, a tonelada do alimento concentrado ficou cotada, em média, em R$1.475,14, sem o frete, na primeira quinzena de junho.
Em relação ao mesmo período de 2017, o preço subiu 29,4%. Já na comparação mensal a alta foi de 1,7%.
Atualmente, considerando o estado de São Paulo, são necessárias 10,54 arrobas de boi gordo para a compra de uma tonelada de farelo.
Apesar da valorização da arroba do boi gordo (6,6%), na comparação anual, a alta registrada para o farelo prejudicou a relação de troca para o pecuarista, cujo poder de compra (farelo de soja) caiu 21,4%.
Ou seja, atualmente é necessária 1,86 arroba de boi gordo a mais para a aquisição da mesma quantidade de farelo.
Na comparação com maio último, a relação piorou 2,3%.
No fechamento da primeira quinzena de junho, doze praças com queda
Nos primeiros quinze dias de junho, em alguns estados do Centro-Oeste e do Norte, as escalas mais confortáveis permitiram que as indústrias pressionassem o mercado, contudo em alguns estados do Sudeste, a dificuldade de adquirir boiadas terminadas fez que com os frigoríficos ofertassem preço acima da referência para efetivar os negócios.
Por Felippe Reis e Marina Zaia (Scot Consultoria)