Os contratos futuros do café recuaram no balanço semanal dos mercados internacionais. Em Nova York, o arábica acumula quatro fechamentos negativos subsequentes, mas as cotações seguem acima de US$ 1,20 por libra-peso. A queda foi motivada pelo arrefecimento da demanda, pelo aumento dos estoques na bolsa norte-americana e pelo fortalecimento do dólar.
Na outra ponta, analistas indicam que a desvalorização não é maior em função da perspectiva de oferta global reduzida neste ano, como consequência de problemas climáticos ocorridos em importantes origens, como Brasil (estiagem e altas temperaturas), Vietnã (tufões) e países da América Central (furacões).
No fechamento de ontem da Bolsa de NY, o vencimento mar/21 ficou cotado a US$ 1,2120 por libra-peso, acumulando perdas de 330 pontos na comparação com a sexta-feira da semana passada. Na ICE Europe, o vencimento mar/21 do café robusta teve leve depreciação de US$ 2 no período, negociado a US$ 1.338 por tonelada.
O dólar comercial se valorizou ante o real na semana. A moeda foi puxada pelas preocupações do mercado em relação à situação fiscal no Brasil, diante da falta de detalhamento, por parte do governo federal, sobre como bancará a prorrogação do auxílio emergencial. Ontem, a divisa fechou a R$ 5,3883, avançando 0,1%.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que continuará chovendo, amanhã, na maior parte do Sudeste do país. A previsão é de temperaturas amenas, muita nebulosidade e precipitações a qualquer momento no sul e no noroeste de Minas Gerais e nas faixas leste e sul de São Paulo. O tempo fica aberto no norte mineiro e do Espírito Santo, ao passo que as demais áreas da Região receberão pancadas isoladas de chuva.
No mercado físico, a retração dos vendedores mantém bastante baixa a liquidez. No acumulado da semana, os indicadores dos cafés arábica e conilon calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) se situaram em R$ 659,55/saca e R$ 422,18, respectivamente com perdas de 1,4% e 0,6%.