A semana começa com a primeira deflação em junho, com o IPC-S caindo aos -0,32% (Proj. Infinity: -0,28%), com destaque mais uma vez para a queda de alimentos de -0,71% (Proj. Infinity: -0,70%) e de habitação de -0,74% (Proj. Infinity: -0,70%), além da contribuição da queda dos combustíveis, com queda de -0,53% em transportes (Proj. Infinity: -0,55%).
Esta mesma tendência deve se repetir tanto no IPCA, quanto no IGP-DI a ser divulgado no final da semana, com as mesmas contribuições negativas, com destaque para a contração do atacado superando o varejo, abrindo espaço para continuidade do varejo controlado nos próximos meses, apesar da bandeira amarela na energia elétrica pela ANEEL.
Localmente, o contexto de inflação reserva uma das sequencias mais benignas em anos, afetada negativamente somente pela questão política.
No exterior, a semana começa com meio mercado americano e feriado amanhã, porém reserva dados do mercado de trabalho, em especial o payroll, o qual ainda que abaixo do anterior, perpetua o cenário aquecido de atividade econômica.
Com isso, ao menos em mais uma oportunidade, o Fed deve elevar os juros nos EUA.
CENÁRIO POLÍTICO
Passada uma semana intensa, com a denúncia de Temer, a libertação de Loures e o retorno de Aécio ao senado, a atual começa com uma nova fase da Lava Jato, mirando as empresas de ônibus do Rio de Janeiro.
Temer tem passado o fim de semana discutindo as estratégias de defesa, além de buscar o apoio da base, onde nenhum partido chegou a fechar com o presidente de maneira definitiva.
Uma das estratégias do PMDB é pedir no voto nominal em voz alta de seus 63 deputados, de modo a “marcar” os dissidentes, principalmente com a retirada de cargos e assessores de áreas chave.
A reforma da previdência já busca novamente uma versão mais “light”, principalmente em vista às dificuldades no congresso, de modo a dar apoio contínuo aos cortes de juros, último “ativo” de melhora na mão do governo.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, apesar do referencial limitado das bolsas americanas, as quais fecham às 13:00 hoje, onde os futuros em NY apontam abertura positiva.
Na Ásia, o fechamento foi na maioria positivo, após o PMI Caixin na China e o Tankan no Japão acima das expectativas.
O dólar opera em alta consistente contra a maioria das divisas, desde a tendência da abertura, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o minério de ferro continua no ritmo de recuperação, principalmente no porto de Qindao, acompanhado pelo paládio somente, enquanto o restante opera em queda, principalmente o ouro, com a alta do dólar.
O petróleo abre sem rumo e opera em leve alta em NY e queda em Londres, com a queda das perfurações de poços americanos, a primeira em meses.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3082 / 0,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,455%
Dólar / Yen : ¥ 112,98 / 0,525%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,537%
Dólar Fut. (1 m) : 3326,94 / 0,06 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 8,94 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 8,91 % aa (-0,89%)
DI - Janeiro 21: 10,08 % aa (-0,98%)
DI - Janeiro 25: 10,75 % aa (-0,92%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,06% / 62.900 pontos
Dow Jones: 0,29% / 21.350 pontos
Nasdaq: -0,06% / 6.140 pontos
Nikkei: 0,11% / 20.056 pontos
Hang Seng: 0,08% / 25.784 pontos
ASX 200: -0,65% / 5.684 pontos
ABERTURA
DAX: 0,677% / 12408,58 pontos
CAC 40: 1,018% / 5172,82 pontos
FTSE: 0,323% / 7336,34 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63608,00 pontos
S&P Fut.: 0,310% / 2428,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,243% / 5666,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,15% / 82,77 ptos
Petróleo WTI: 0,28% / $46,17
Petróleo Brent:-0,06% / $48,74
Ouro: -0,60% / $1.234,21
Minério de Ferro: 0,33% / $63,24
Soja: 2,79% / $18,05
Milho: 2,09% / $377,50
Café: -0,56% / $124,05
Açúcar: -2,90% / $13,42