👀 Não perca! As ações MAIS baratas para investir agoraVeja as ações baratas

Deflação: o que muda para os investimentos?

Publicado 27.09.2022, 14:55

Pelo segundo mês consecutivo, o IPCA-15 apresentou deflação, desta vez de 0,37%, acumulando no ano inflação de 4,63% e, em 12 meses, 7,96%. Entre os principais componentes que contribuíram para o resultado estão os grupos de Comunicação (-2,74%), Transportes (-2,35%) e Alimentação e Bebidas (-0,47%), os quais correspondem a uma parcela significativa da cesta de inflação ao consumidor brasileiro. 

Olhando para os dados mais qualitativos, foram observados dois resultados positivos: o primeiro, foi o índice de difusão que recuou de 65,12% para 59,95% na leitura de setembro, o que significa que o número de itens que apresentou alta de preços de um mês para outro diminuiu, ou seja, a inflação se espalhou menos. O segundo, refere-se à média dos núcleos de inflação, indicador que o Banco Central olha de perto para a sua decisão de política monetária que, pelo quarto mês consecutivo, arrefeceu para 0,46%, ou seja, sinais de que a tendência inflacionária tem se dissipado. 

Fonte: IBGE

Neste cenário, o que podemos observar é que o processo de desinflação no país tem se consolidado e, consequentemente, menores pressões para a escalada da Selic serão necessárias ao longo dos próximos meses. Ou seja, o fim do ciclo de aperto monetário, verificado na quarta-feira passada e confirmado hoje pela ata do Copom, ganha mais força, favorecendo o fechamento da curva de juros e consequentemente traz oportunidades tanto para os investimentos na renda fixa assim como para os ativos de risco que são favorecidos pela atividade econômica positiva e preços menores, ou seja, aqueles dos setores cíclicos da economia. 

Assim, a trégua na inflação e, especialmente o processo de ancoragem das expectativas do IPCA para os próximos anos fortalecem a tese de um novo ciclo da taxa básica de juros na economia brasileira trazendo as oportunidades nas diferentes classes de investimento para os investidores que visam especialmente o médio prazo. 

Os investimentos

A cada dado de inflação e de decisão de política monetária tenho levantado em artigos já publicados aqui os ativos da renda fixa que mais podem se favorecer, em especial aqueles marcados a mercado como os títulos públicos, dentre eles os pré-fixados de médio prazo e os pós-fixados atrelados à inflação de médio e longo prazos. Porém, vale lembrar que esses títulos, marcados a mercado, trazem diariamente variações em seus preços (PU) e, como são títulos mais longos, maior é o risco de oscilação de preço diante os acontecimentos econômicos. 

Já para aqueles que procuram investimentos na renda variável, o cenário começa a favorecer os setores cíclicos da economia, ou seja, a economia vai bem essas empresas tendem a aumentar suas receitas. Mais uma vez, o cuidado do investidor é na escolha dessas empresas que possuem bons fundamentos econômicos e claro, que estejam de acordo com os seus objetivos de investimentos e o seu perfil de risco. 

Por fim, os últimos três meses de divulgação do IPCA têm nos mostrado que o pico da inflação brasileira tem ficado cada vez mais distante, trazendo oportunidades para os investidores ao longo dos próximos meses. 

Últimos comentários

Carregando o próximo artigo...
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.