Hoje o Banco Central dos Estados Unidos deve elevar a taxa de juros pela primeira vez em mais de três anos. Poucas horas depois, será a vez do BC brasileiro informar sua decisão de política monetária, com ampla expectativa de elevação de pelo menos 1 ponto percentual da Selic.
Ontem o dólar à vista fechou em alta de 0,75%, a R$ 5,1584. O quarto pregão consecutivo de alta. A depreciação da taxa de câmbio ocorreu em sintonia com novo dia de perdas na bolsa de valores brasileira, mais uma vez pela queda dos preços das commodities. Em dia marcado pela forte queda do petróleo, investidores monitoraram as negociações entre Rússia e Ucrânia, ainda sem reviravoltas.
O real passa por uma correção técnica, com investidores retomando posições defensivas devido aos aumentos de casos de Covid na China e apreensão em torno da possibilidade de o BC americano acenar com uma postura mais agressiva daqui para frente, prejudicando o desempenho das divisas emergentes.
Com os juros locais cada vez mais altos, o dólar tenderia a cair, mas o momento é de correção. O mercado está buscando hedge (proteção) com essa questão do Fed e a continuidade da guerra. É um movimento mais técnico que fundamentalista. O tombo das commodities e o estresse interno em torno dos preços dos combustíveis também dão suporte aos compradores.
Vamos aguardar as decisões dos bancos centrais e que venha logo a paz!