Não é novidade para ninguém que há mais de dez pregões o dólar vem oscilando lateralmente sem uma direção definida e formando um estreito canal entre os 3,25 e 3,30. Mas isso pode estar perto de acabar. A pergunta é: Pra qual lado o dólar ele irá?
O volume financeiro aos poucos está voltando a subir e a média de 21 (MMA21) já toca os preços. Graficamente falando, o dólar já está pronto para o rompimento dessa congestão e para uma provável movimentação direcional mais forte, seja para cima ou para baixo.
A última lateralização similar à essa foi em agosto de 2015. Na ocasião, o dólar já tinha subido 14% no último mês e ficou oscilando entre 3,46 e 3,55 por 10 pregões. Quando rompeu, para cima e à favor da tendência, chegou a apresentar outra forte valorização de 20%, tocando os 4,26.
Voltando para a situação atual, o mercado ainda não sinaliza para qual lado vai romper, mas quando romper, devemos ficar atentos à oportunidades de compra ou venda. São dois cenários prováveis:
Cenário 1: Rompimento para baixo:
É o mais provável por ser a favor da atual tendência de baixa. (no exemplo citado acima a tendência era de alta).
Caso ocorra um fechamento convicto abaixo dos 3,25, abre-se um cenário favorável a vendas e o dólar teria potencial para seguir recuando nas próximas semanas/meses, em busca dos suportes de longo/médio prazo, em 3,00 e o mais forte, em 2,90.
Já quem pretende comprar o Dólar Turismo para viagens, seguiria aguardando pelo recuo ou por sinais mais fortes de alta.
Cenário 2: Rompimento para cima:
Apesar de menos provável, por ser contra a tendência, as chances de um movimento de alta são bem significativas. Como mencionei, a mma21 já toca os preços, o que representa uma resistência a menos para segurar uma alta. Ela inclusive passaria para baixo dos preços, pressionando-os para cima e servindo como suporte.
Sendo assim, um fechamento convicto acima dos 3,30 abriria espaço para operações na ponta compradora e provavelmente o mercado iria rapidamente em busca da próxima resistência, em 3,40. Essa, por sua vez, se rompida, jogaria o dólar em uma tendência de alta de curto prazo, com alvos em 3,50 e 3,70.
Quem pretende comprar para viagens, o rompimento dos 3,30 seria um sinal para compra parcial e, dos 3,40, para compras mais "pesadas", a depender da estratégia de preço médio de cada um, e do tempo até a viagem. (Lembrando que o Turismo é em média 15 centavos mais caro que o comercial/futuro.)
Investimento x Turismo:
É importante salientar que a estratégia para investidores e turistas são bem diferentes. Enquanto os investidores buscam lucros, podendo comprar e/ou vender, bem como se desfazer das posições a qualquer momento, os turistas apenas irão comprar e segurar a moeda, sem chances de "stops", e por isso, o ideal é sempre ir fazendo compras parciais a fim de obter um preço médio favorável.
As variações do mercado confundem bastante quem não entende do assunto. Uma boa opção é acompanhar a página Dólar na Bagagem, no Facebook, que diariamente analisa a movimentação do mercado e indica os melhores momentos para comprar ou não, tudo isso voltado para turistas! Vale (SA:VALE5) a pena conferir.
Cuidado com as pegadinhas do mercado:
O mercado seria uma rosa sem espinhos, se não fosse suas frequentes pegadinhas e falsas movimentações. Devemos ficar abertos e atentos à possibilidade desse tipo de cenário, quando o mercado finge que vai para um lado e vai para outro.
Seria algo como ocorreu no final de maio, quando houve o falso rompimento de uma resistência e o mercado voltou forte na direção oposta, em junho deste ano. (Veja abaixo)
Em fim, meu intuito com esse texto não é de tentar prever o futuro, mas mostrar os cenários mais prováveis de acordo com a análise gráfica e alertar sobre as possíveis oportunidades ou perigos para os próximos dias. Lembro-vos que o mercado financeiro é imprevisível e que as expectativas e opiniões aqui mencionadas podem ou não, se cumprir.
Grande abraço