O primeiro semestre está quase chegando ao fim e o mercado de dólar, após quase bater nos R$ 6,00 em março, engatou uma movimentação de baixa muito forte iniciada ainda no mês de abril e, neste momento, quase encosta nos R$ 5,00.
E existem vários motivos para isso: um deles é o cenário de vacinação que começou (atrasado no Brasil, é verdade) a ser acelerado, dando a ideia de que, no médio prazo, a vida voltará ao normal e, com isso, os dados econômicos – como o inflacionário, por exemplo – têm dado sinais do retorno ao consumo, e até por isso o Banco Central deverá, mais uma vez, aumentar a sua taxa de juros.
Juntamente com isso, existem muitos IPO's (Initial Public Offering) iniciando na Bolsa de Valores e que, consequentemente, acabam trazendo um grande fluxo financeiro externo. Outro ponto relevante é a expectativa sobre algumas reformas do governo que podem sair do papel, como por exemplo a Reforma Administrativa, e isso anima os investidores.
Bom, até aqui coloquei os pontos que fizeram a movimentação do dólar descer a ladeira. Porém, não acredito que o dólar deva se manter num patamar abaixo de R$ 5,00 por muito tempo. Ano que vem teremos eleições presidenciais e, neste momento, não consigo enxergar, dentre os principais candidatos “líderes nas pesquisas eleitorais”, alguém que esteja à altura econômica para colocar o Brasil no rumo da atratividade externa.
Além disso, as movimentações de alta nas taxas de juros em economias de primeiro mundo estão trazendo pânico para os países emergentes, e isso, com certeza, pode levar para lá os poucos recursos que estão entrando no Brasil para o longo prazo.
O dinheiro está entrando no país sim! Porém, não é um dinheiro de qualidade para levar o dólar ao tão sonhado patamar de R$ 2,00. Ainda imagino que o dólar tenderá a testar novamente os patamares das máximas históricas antes de buscar os pisos passados. Tanto o contexto macro como a tendência não deixam dúvidas.
Então, cuidado com a euforia momentânea do mercado porque o dólar ainda deve voltar para as alturas...
Ah, e ainda este ano!