A inflação ao atacado se aprofundando em território negativo na China (-0,7% aa), com o varejo mantendo a alta projetada (-1,8%) é um bom sinal para o país e para o mundo, no processo de reabertura da atividade econômica e a retomada da atividade industrial de maneira mais ampla, incrementando a oferta.
Investidores incrementaram as apostas em outro suporte hawkish do BoJ, após um relatório de que o banco central japonês revisará os efeitos colaterais de sua política já na próxima semana, sendo possível que se amplie a faixa de controle da curva de juros em 50 bp já em março, disparando o valor do Yen.
Nos EUA, a expectativa com a divulgação do CPI é enorme, pois apesar das agruras com o mercado de trabalho em pleno emprego e criação robusta de vagas, os investidores alimentam a esperança de que o fim do aperto monetário está próximo, ao menos no primeiro trimestre.
Michael J. Burry, famoso por prever a crise do subprime nos EUA e fazer fortuna com isso, diz que os EUA devem registrar até mesmo mais deflações nesta primeira metade do ano, mas ao retomar o afrouxamento monetário antes dos efeitos no mercado de trabalho, deve-se observar um novo pico inflacionário ainda este ano.
A assunção de Burry faz sentido, especialmente pela demanda do mercado financeiro de mais estímulos por parte do Fed – como sempre desde 2009 – e o costume de ser atendido de maneira quase constante.
No Brasil, a situação micro e macroeconômica foi repleta de notícias de enorme relevância entre o fechamento do mercado e este pré-início de abertura, com as Lojas Americanas (BVMF:LAME4) registrando um descasamento de R$ 20 bi no seu balanço, o que fez com que Sérgio Rial, ex-Santander e que assumiria a empresa já deixasse o cargo, o que era de se esperar, de alguém em sua posição.
As inevitáveis reações do mercado podem inclusive atingir o setor de varejo, o que demanda grande atenção para o mercado de renda variável brasileiro.
No aspecto macro, as primeiras notícias sobre o pacote a ser anunciado por Haddad traz, no mínimo, pouca surpresa, ao focar o aspecto fiscal na receita, mas, ao menos até agora, não na despesa, pois dos R$ 232 bi projetados de déficit para o ano, o plano pretende arrecadar R$ 100 bi com a manutenção de cobrança de impostos pelo governo em caso de empate em julgamentos do CARF, reoneração de impostos, ligados ao ICMS, PIS/Cofins.
Dificilmente chegará o momento em que a notícia de corte de gastos do governo de forma a ajustar o fiscal chegará.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelos dados de inflação ao varejo nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, na expectativa pelo CPI e após os sinais de nova mudança na política monetária do BoJ.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque de alta ao minério de ferro, prata e ouro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com otimismo da demanda da China, preocupações com a oferta da Rússia em meio a sanções.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,66%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1646 / -0,76 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,093%
Dólar / Yen : ¥ 131,05 / -1,080%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / 0,222%
Dólar Fut. (1 m) : 5198,60 / -0,67 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,55 % aa (-0,38%)
DI - Janeiro 25: 12,56 % aa (-1,08%)
DI - Janeiro 26: 12,34 % aa (-1,33%)
DI - Janeiro 27: 12,32 % aa (-1,50%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,5344% / 112.517 pontos
Dow Jones: 0,7979% / 33.973 pontos
Nasdaq: 1,7597% / 10.932 pontos
Nikkei: 0,01% / 26.450 pontos
Hang Seng: 0,36% / 21.514 pontos
ASX 200: 1,18% / 7.280 pontos
ABERTURA
DAX: 0,618% / 15040,34 pontos
CAC 40: 0,736% / 6975,18 pontos
FTSE: 0,641% / 7774,52 pontos
Ibov. Fut.: 1,63% / 113894,00 pontos
S&P Fut.: -0,07% / 3987,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,002% / 11466,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,56% / 110,29 ptos
Petróleo WTI: 0,89% / $78,10
Petróleo Brent: 0,92% / $83,43
Ouro: 0,45% / $1.883,47
Minério de Ferro: 0,10% / $122,10
Soja: 0,69% / $1.525,50
Milho: 0,34% / $659,50
Café: 0,80% / $145,65
Açúcar: -0,25% / $19,59