COVID-19: Os Efeitos do Início do Fim na China e a Largada no Restante do Mundo

Publicado 28.02.2020, 07:41

Sem alívio para os Mercados por conta do COVID-19, ainda que os sinais emitidos pela China sejam em média mais positivos sobre o vírus.

Transações imobiliárias e varejo em Hong Kong estão retomando o ritmo, enquanto na China continental, fábricas reabrem de maneira relativamente acelerada e o setor aéreo começa a sentir a melhora.

Nos portos, a reabertura começou pelos navios de perecíveis e refrigerados e as ‘filas’ começam a serem desfeitas, o que ainda devam demandar tempo.

Analistas de Ásia dizem que a queda no preço das commodities pode se tornar um elemento importante na tentativa de retomada, principalmente com a injeção maciça de recursos em infraestrutura do governo chinês nas próximas semanas.

Por outro lado, o mundo vem pesando o nada surpreendente avanço do vírus fora da China, em especial na combalida Europa e sua população de elevada idade, suscetível aos seus efeitos e nos EUA, onde a oposição ao presidente Trump já faz uso político da pandemia e da tentativa de soar traquilidade do presidente diante do avanço da doença em solo americano.

Aos países como o Brasil, que começa a ver sinais mais positivos de um passado recentes e contava com um protagonismo entre os emergentes na recuperação em 2020, resta a continuidade de uma agenda de reformas robustas para dar sustentação às dificuldades de um crescimento econômico pode tende a ser menor.

Em face a tais desafios, inclusive os da disrupção da cadeia de suprimentos com a China, a tão necessária estabilidade política parece não ser a norma, ainda que o protagonismo do congresso em tocar as reformas aparentemente não perdeu força, mesmo com os eventos recentes relacionados ao congresso, ao judiciário e o presidente Bolsonaro.

Juros baixos, assim como a inflação dão importante suporte a um cenário desde já desafiador, principalmente com a enorme desvalorização do Real frente ao dólar, que passa hoje por um teste importante no dia de formação da PTAX, com injeção de US$ 4 bi entre linha e swaps e mais US$ 650 mi em rolagem de vencimentos de contratos.

O Banco Central julga intervir no mercado sempre que haja um problema de liquidez ou de distorção da divisa, como ataques especulativos, portanto o momento parece correto, em especial pelos possíveis efeitos inflacionários da combinação dólar e oferta limitada da China.

Hoje a atenção se volta ao desemprego medido pela PNAD, dados do setor público consolidado, após o superávit recorde de ontem e os desagregados do PIB americano para o mês de janeiro como PCE e consumo pessoal, onde a combinação de inflação baixa e algum crescimento econômico perdura nos EUA.

ABERTURA DE MERCADOS

A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com avanços do COVID-19 além das fronteiras chinesas.

Na Ásia, dia negativo, com o vírus avançando na Europa.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção ao minério de ferro e prata.

O petróleo abre em queda, com temores dos impactos econômicos do Coronavírus.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 16,32%.

CÂMBIO

Dólar à vista : R$ 4,4911 / 0,92 %

Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,345%

Dólar / Yen : ¥ 108,66 / 0,828%

Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,016%

Dólar Fut. (1 m) : 4472,83 / 0,76 %

JUROS FUTUROS (DI)

DI - Janeiro 22: 4,66 % aa (-0,12%)

DI - Janeiro 23: 5,27 % aa (-1,86%)

DI - Janeiro 25: 6,12 % aa (-1,13%)

DI - Janeiro 27: 6,57 % aa (-0,90%)

BOLSAS DE VALORES

FECHAMENTO

Ibovespa: -2,5869% / 102.984 pontos

Dow Jones: -4,4179% / 25.767 pontos

Nasdaq: -4,6131% / 8.566 pontos

Nikkei: -3,67% / 21.143 pontos

Hang Seng: -2,42% / 26.130 pontos

ASX 200: -3,25% / 6.441 pontos

ABERTURA

DAX: -4,270% / 11839,41 pontos

CAC 40: -3,637% / 5295,75 pontos

FTSE: -3,875% / 6533,01 pontos

Ibov. Fut.: -2,65% / 103449,00 pontos

S&P Fut.: -1,735% / 2905,60 pontos

Nasdaq Fut.: -1,819% / 8224,75 pontos

COMMODITIES

Índice Bloomberg: -1,83% / 71,25 ptos

Petróleo WTI: -4,18% / $45,06

Petróleo Brent: -3,37% / $50,40

Ouro: -1,22% / $1.627,80

Minério de Ferro: -0,10% / $86,58

Soja: -1,30% / $874,75

Milho: -0,41% / $363,00 $363,00

Café: -0,82% / $108,20

Açúcar: -1,67% / $14,16 $14,16

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