Os preços da soja e derivados continuam em alta no mercado brasileiro. A média ponderada da soja no Paraná, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, subiu 2,4% em sete dias, a R$ 83,57/sc 60 kg na sexta-feira, 20. Além da firme demanda, especialmente externa, a valorização do dólar frente ao real na última semana também impulsionou as cotações. Nos portos brasileiros, o grão chegou a ser negociado acima dos R$ 90,00/sc de 60 kg, tanto no spot quanto para entrega em fevereiro de 2017.
Nos quatro primeiros meses de 2016, foram exportadas 20,89 milhões de toneladas de soja em grão, volume 60% superior ao do mesmo período de 2015, segundo a Secex. Com esse intenso ritmo de embarques, os excedentes domésticos seguem diminuindo. Segundo colaboradores do Cepea, cerca de 70% da safra brasileira 2015/16 foi comprometida, sendo que mais de 50% já havia sido comercializada antes de a colheita ser iniciada. Se considerada a produção estimada pela Conab, de 96,905 milhões de toneladas, restam menos de 30 milhões de toneladas de soja no Brasil para serem comercializadas até a chegada da nova safra, em 2017.
MILHO: Liquidez diminui, mas média em SP se aproxima dos R$ 53/sc
Os valores do milho continuam em alta no mercado brasileiro. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) atingiu R$ 52,91/sc de 60 kg na sexta-feira, 20 (recorde nominal), alta de 2,3% em relação ao dia 13 e de 8,76% na parcial de maio.
A liquidez doméstica, no entanto, está baixa, já que compradores estão resistentes em negociar nos atuais patamares. Muitos estão à espera da entrada do produto da segunda safra.
Vendedores, contudo, estão firmes e pedem preços cada dia maiores. No Paraná e em Santa Catariana, a disputa por milho está bastante acirrada e o cereal chega a ser negociado acima de R$ 54/sc de 60 kg. Assim, compradores do estado vêm adquirindo o milho de São Paulo, que é deficitário no agregado anual.
MANDIOCA: Mesmo com chuva, colheita avança e preço cai
Apesar das chuvas em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea na semana passada, a colheita seguiu em ritmo intenso, influenciada pelo interesse de produtores em “fazer caixa”. Assim, a quantidade de mandioca processada na indústria de fécula aumentou 36% em sete dias, pressionando as cotações.
Entre 16 e 20 de maio, o valor médio a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 290,07 (R$ 0,5045 por grama na balança hidrostática de 5 kg), baixa de 5% frente à média anterior e de 12,8% na parcial do mês