As cotações da arroba do boi gordo, que estavam firmes até o final do mês passado, aos poucos estão cedendo.
No fechamento da última terça-feira (9/10) houve queda em dez praças pecuárias, cenário que não era observado há um bom tempo.
Pelo lado da demanda, no mercado interno o cenário de consumo calmo é o mesmo. Entretanto, o que ajuda a explicar esta pressão sobre as cotações é a oferta de gado e as exportações.
Mesmo com a menor atratividade do confinamento, os animais do segundo giro começam a ser comercializados e isso gera um incremento na disponibilidade de gado.
Além disso, as oscilações do dólar impactam diretamente as margens das indústrias que exportam. Vale lembrar que o dólar acumula queda de aproximadamente 7% desde o início do mês.
A carcaça de bovinos castrados fechou estável frente ao levantamento de ontem (08/10), cotada em R$9,88/kg.
Custos de produção se mantém em patamares elevados em setembro
Os custos de produção da atividade leiteira subiram pelo segundo mês consecutivo.
De acordo com o Índice Scot Consultoria, o aumento foi de 2,1% em setembro em relação a agosto deste ano. Em um ano os custos acumulam alta de 15,2%.
As altas nos preços dos suplementos minerais, alimentos concentrados, combustíveis/lubrificantes e fertilizantes puxaram o indicador para cima.
Além do aumento nos custos de produção o preço do leite pago ao produtor caiu, estreitando a margem da atividade em setembro.
Na comparação com o mês anterior, a margem do produtor de leite recuou 4,1 pontos percentuais.
Por Breno de Lima e Juliana Pila (Scot Consultoria)