Com o cenário de ofertas reduzidas, principalmente de novilhas, o mercado abriu o dia com alta na cotação do boi gordo nas praças paulistas, e com estabilidade para a cotação da vaca e a da novilha.
Os frigoríficos enfrentam dificuldade para formar escalas, que estão curtas, em média, para seis dias, e relatam dificuldade no escoamento da carne, fato esperado para o final do mês.
A cotação do boi gordo subiu R$2,00/@, enquanto a cotação da vaca e a da novilha não mudou em relação à ontem (22/10).
O preço do “boi China” subiu R$5,00/@.
Região de Paragominas - PA
O mercado seguiu pressionado e com altas consecutivas dos preços durante essa semana. Para o boi gordo, a alta foi de R$5,00/@, para as fêmeas, após a alta de ontem, os preços permaneceram estáveis.
Região Oeste do Maranhão
A cotação da arroba do boi gordo subiu R$5,00. Para as fêmeas, os preços não mudaram.
Região Sul de Minas Gerais
Os preços e as escalas de abate indicaram estabilidade, a indústria frigorífica relatou aumento nos estoques de carne, consequência do final de mês.
Chuvas ganham força, mas calor ainda desafia!
A partir da segunda quinzena de outubro, as condições climáticas para o setor agrícola no Brasil devem mudar, favorecendo o plantio em várias regiões. Os modelos meteorológicos apontam volumes de chuvas expressivos no Brasil Central, superando a média histórica em algumas áreas, e temperaturas variando de 25°C a 40°C, exigindo atenção no manejo de culturas. As chuvas previstas ajudarão a aumentar a umidade do solo, beneficiando principalmente o plantio de grãos e cana-de-açúcar, enquanto o calor persistente trará desafios em regiões do Norte e Centro-Oeste.
Região Norte
No oeste do Amazonas, Acre e Rondônia, os volumes de precipitação deverão variar de 30mm a 50mm entre 15 e 20 de outubro, favorecendo o desenvolvimento de culturas como soja e milho. No entanto, o norte do Pará e Roraima devem enfrentar condições mais secas, com chuvas escassas e temperaturas elevadas, variando de 37°C a 40°C. Esse calor extremo limita as condições de semeadura e exige um planejamento detalhado, especialmente para manter a umidade do solo em níveis adequados.
Região Nordeste
A região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) deverá registrar chuvas entre 10mm e 25mm, com temperaturas atingindo até 37°C no início da quinzena. Chuvas localizadas no Centro-Sul do Maranhão e Piauí, de até 25mm, ajudarão a aliviar as condições secas e melhorar o desenvolvimento de pastagens. Contudo, o calor elevado nessas áreas pode exigir suplementação hídrica nas pastagens e um manejo cuidadoso das culturas.
Região Centro-Oeste
A região será mais beneficiada pelas chuvas, com volumes acumulados de 80mm a 100mm. Isso favorecerá de maneira significativa a semeadura da safra 2024/25, com destaque para a soja e milho. As temperaturas, por outro lado, deverão variar de 28°C a 35°C, com picos superiores a 36°C no início da quinzena. O aumento da umidade do solo contribuirá para a recuperação das pastagens, reduzindo a necessidade de suplementação alimentar no gado.
Região Sudeste
As chuvas serão bem distribuídas, com acumulados de até 60mm em áreas de Minas Gerais e São Paulo, especialmente no sul e centro-oeste do estado, onde o plantio de grãos e a colheita de cana-de-açúcar serão beneficiados. As temperaturas devem variar entre 25°C e 32°C, proporcionando condições favoráveis para o desenvolvimento das culturas. No Triângulo Mineiro e no norte de São Paulo, os volumes de chuva podem alcançar entre 30mm e 50mm, aliviando as áreas mais secas e ajudando a garantir a irrigação necessária para um desenvolvimento adequado das lavouras.
Região Sul
As chuvas deverão ser mais escassas, com acumulados inferiores a 20mm em grande parte do Paraná e Rio Grande do Sul, o que pode impactar o desenvolvimento das culturas de inverno e o plantio de grãos. As temperaturas variam de 20°C a 30°C, com expectativa de entrada de frentes frias após o dia 23 de outubro, trazendo alívio temporário do calor e até possibilidade de geadas leves nas áreas de maior altitude, como a Serra Gaúcha.
Panorama geral
As condições climáticas indicam uma melhora significativa para o setor agropecuário, com volumes de chuvas acima da média no Centro-Oeste e Sudeste, fundamentais para o avanço do plantio e recuperação das pastagens. A umidade do solo deverá ser incrementada de forma considerável, favorecendo culturas como cana-de-açúcar, soja e milho. No entanto, o calor extremo em áreas do Norte e Centro-Oeste, com máximas de até 40°C, requer atenção redobrada no manejo de culturas para evitar perdas por desidratação ou estresse térmico.