A melhoria da oferta de boiadas não tem sido suficiente para pressionar de maneira efetiva o mercado, considerando São Paulo como referência.
As programações de abate no estado atendem entre três e cinco dias na maioria dos casos. Programações maiores existem e ilustram a chegada da safra, sem demanda forte, cenário típico de início de ano.
Apesar da disponibilidade de gado, existe a possibilidade de retenção no pasto, o que não permite movimentos mais fortes de queda das cotações na praça paulista.
Em Mato Grosso do Sul o cenário é o oposto. A boa disponibilidade de boiadas tem empurrado as escalas para o final de janeiro, e em alguns casos até para o começo de fevereiro.
O preço do boi gordo caiu nas três praças pesquisadas no estado. Na região de Campo Grande, por exemplo, a referência para a arroba que era de R$144,00 no dia 9/1, uma semana depois ficou em R$141,00, considerando os preços a prazo e livres do Funrural em 15/1.
Para o curto prazo é esperada uma redução das vendas no mercado atacadista, nesta segunda quinzena, em um mês tipicamente de pressão sobre as cotações.
Preços firmes no mercado de reposição
Apesar de poucos negócios efetivados, o aumento das especulações nestes primeiros dias do ano indica que o mercado de reposição deve ter no curto prazo aquecimento da demanda e vendedores endurecendo as negociações.
Por Felippe Reis e Breno de Lima (Scot Consultoria)