O mercado internacional do café arábica registrou queda ao longo desta semana, possivelmente pressionados pela até então normalidade do clima nas regiões produtoras brasileiras, que deve possibilitar a entrada da safra no mercado dentro do período considerado normal, entre maio e junho.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia aplicada (Cepea), o clima mais firme nas últimas semanas favorece a maturação dos grãos arábica na maior parte das regiões acompanhadas pela instituição. No Espírito Santo, há alguns registros de precipitações, também favorecendo as lavouras, haja vista que a expectativa é para uma colheita um pouco mais tardia nesta temporada.
Para a Somar Meteorologia, o tempo aberto da madrugada favorece as temperaturas baixas no fim de semana no Sudeste, principalmente nas áreas da Serra da Mantiqueira e no sul de Minas, onde a sensação de frio será maior nas primeiras horas do dia. Para o período da tarde, a previsão é que as temperaturas subam na Região. "Por causa de instabilidades as nuvens aumentam no fim do dia e pode chover isolado e com baixos acumulados no Rio de Janeiro, no interior de Minas, no Espírito Santo e no oeste paulista", prevê o serviço.
Ontem, o dólar retomou o nível de R$ 3,40 no pregão, após três quedas consecutivas, que levaram a cotação à vista a testar uma mínima de R$ 3,37. Segundo analistas, o ajuste interno acompanha, parcialmente, a desvalorização das moedas emergentes e ligadas a commodities frente à divisa no mercado externo. Ainda assim, a recuperação não tirou o saldo negativo semanal, com o dólar recuando 1% ante o real e encerrando a quinta-feira a R$ 3,3915.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento julho do contrato "C" encerrou a sessão de ontem a US$ 1,1625 por libra-peso, com perdas de 325 pontos na comparação com a semana anterior. Na ICE Europe, o contrato com vencimento em julho de 2018 do café conilon foi cotado, ontem, a US$ 1.767 por tonelada, avançando US$ 31 na semana.