As atenções dos investidores hoje se voltam à ata da última reunião do COPOM, na qual há uma busca quase desesperada por indicações de um aprofundamento dos cortes de juros no curto prazo.
Mais mercadológica do que econômica, esta demanda por ajustar as curvas de juros ao discurso da autoridade monetária mostra o qual dovish estão os investidores, porém sem os eventos citados no comunicado, como aprovações no congresso e a questão dos juros americanos, o processo deve se estacionar em 0,75 pp.
Não muito diferente daqui o mercado americano entrou num ritmo de otimismo (bullish) que parece esquecer que o Fed tende a elevar os juros neste mês, como diversos de seus membros votantes do FOMC tem avisado.
A tal “calmaria antes da tempestade” pode explicar a ânsia dos investidores nas bolsas de valores internacionais, como um animal criando reservas para o inverno. Alguns analistas no exterior dizem que sim, este é o caso e tudo será aproveitado enquanto Trump continuar a emitir sinais rasos sobre seus planos econômicos, aparamente expansivos em termos fiscais.
CENÁRIO DE MERCADO
A tal onda positiva de ontem já perde força na abertura dos mercados europeus, após um dia de ganhos intensos que se alastrou pelos fechamentos na Ásia. A quebra do recorde do Dow Jones começa a suscitar dúvidas sobre a solidez das bases em que os mercados mantem tal otimismo.
O dólar index abriu novamente a sessão em queda e registra alta volátil na abertura da sessão, com rendimentos dos Tresuries instáveis, próximos à estabilidade.
Entre as commodities, a grande maioria registra queda, inclusive os contratos futuros de petróleo, a não ser por poucas agrícolas e o aço em alguns portos chineses.
Atenção hoje na ata do COPOM, inflação semanal e balança comercial.
CENÁRIO POLÍTICO
A delação de Marcelo Odebrecht teve alvo certo ao focar na campanha da ex-presidente e de certa maneira poupar Temer. Este parece que será o foco do TSE, inclusive na separação de campanhas, como alguns membros do congresso tem adiantado.
O foco agora é nas discussões no congresso na reforma da previdência, onde o item idade mínima já gerou controvérsias, principalmente entre parlamentares que se sentiram preteridos nas recentes mudanças ministeriais.
Com 30 pedidos de inquérito baseado em delações recentes, Janot tem material suficiente para apressar os parlamentares para entregar o mais rápido possível aquilo que julgam pertinente nas reformas.
Para muitos, o tempo é curto.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0938 / -0,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / -0,142%
Dólar / Yen : ¥ 114,20 / 0,413%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,138%
Dólar Fut. (1 m) : 3121,42 / -0,48 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,30 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,80 % aa (-0,61%)
DI - Janeiro 21: 10,04 % aa (-0,69%)
DI - Janeiro 25: 10,33 % aa (-0,48%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,49% / 66.989 pontos
Dow Jones: 1,46% / 21.116 pontos
Nasdaq: 1,35% / 5.904 pontos
Nikkei: 0,88% / 19.565 pontos
Hang Seng: -0,20% / 23.728 pontos
ASX 200: 1,26% / 5.777 pontos
ABERTURA
DAX: 0,014% / 12068,83 pontos
CAC 40: 0,135% / 4967,51 pontos
FTSE: 0,033% / 7385,33 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 67859,00 pontos
S&P Fut.: -0,104% / 2391,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,009% / 5385,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,51% / 87,91 ptos
Petróleo WTI: -0,85% / $53,37
Petróleo Brent:-0,76% / $55,93
Ouro: -0,48% / $1.243,75
Aço: 0,98% / $87,62
Soja: 1,33% / $19,81
Milho: -0,20% / $374,25
Café: 1,39% / $143,30
Açúcar: -0,05% / $19,44