Eu sou Mário Vilas Boas, seu analista independente, e este é o Antes da Boletada! Os principais acontecimentos que vão agitar o mundo dos investimentos!
Incertezas domésticas freiam o ritmo das quedas:
Diferentemente de reuniões anteriores, o Copom optou por retirar o plural do trecho sobre futuros cortes da Selic, sinalizando cautela. A intensificação das incertezas domésticas, especialmente no cenário fiscal, pode levar a um ritmo mais lento de redução da taxa básica de juros. A ata da reunião do Copom, divulgada na terça-feira, será crucial para desvendar as perspectivas do BC para a Selic.
Orçamento e responsabilidade fiscal:
Em busca da meta de déficit zero, o governo deve anunciar um bloqueio no Orçamento de 2024 de 3 Bilhões, valor bem inferior aos R$ 15 a 50 bilhões especulados pelo mercado. Hoje, às 10h30, dados da arrecadação fiscal servirão de base para o mercado especular sobre o tamanho do corte.
Fed sinaliza corte de juros nos EUA:
Em contraste com o BC, o Federal Reserve (Fed) projetou três cortes de juros nos EUA em 2024, mesmo com a recente alta da inflação no país. O presidente do Fed, Jerome Powell, minimizou a importância dos dados e destacou a necessidade de cautela nas decisões. O mercado reagiu com otimismo à sinalização do Fed, impulsionando as bolsas globais e pressionando o dólar para baixo.
Mercados agora:
O minério de ferro parece ter engatado de vez e sobe 2,72%, enquanto as bolsas operam em alta após a boa notícia do Fed. Aqui, a expectativa de alta volatilidade por conta do Copom impede previsões precisas para a abertura.
Opinião do Analista:
Qual caminho o mercado seguirá? A boa notícia do Fed ou a cautela do Copom? Uma coisa é certa: teremos volatilidade hoje, seja pela nova Selic, seja pela arrecadação federal, que indicará o tamanho do risco fiscal e o possível contigenciamento que o governo federal precisará adotar para alcançar o déficit zero.
Mas quero saber de você: hoje a bolsa sobe ou cai?