CENÁRIO MACROECONÔMICO
Como citamos ontem, o afrouxamento maior de juros não era uma dúvida entre os economistas, pois havia um posicionamento unânime quanto à sua necessidade. A maior dúvida foi e ainda é o timing, dada o caráter imponderável da política.
A necessidade de aprovação da reforma da previdência continua premente, como a “segunda perna” da reforma fiscal e todas as atenções se voltam a isto e à negociação de Meirelles com os estados, a qual tem sido bem conduzida até o momento, de maneira firme.
O BC mostrou independência e deu largada agora ao ciclo de 75 bp e voltar atrás, ao menos no curto prazo, não tende a ser uma decisão acertada, a não ser que fatores exógenos e um interregno maligno no exterior ocupem a agenda. Por enquanto, o risco político é o maior, tanto aqui, quanto no exterior.
E que venham mais cortes.
CENÁRIO DE MERCADO
A espera do resultado do COPOM afetou o ritmo e o volume do mercado local, assim como a primeira coletiva de Donald Trump com presidente eleito. Dali nada de muito concreto saiu, a não ser a defesa das recentes alegações na imprensa e um sinal forte de protecionismo.
Esta falta de informações talvez tenha animado os mercados, na ausência de pontos fortes ou polêmicos, que poderiam por exemplo elevar fortemente os juros americanos.
As bolsas abre hoje em ritmo de correção, com abertura negativa na Europa e fechamento negativo na Ásia, ambos em reação às poucas informações de Trump, o que se repete nos futuros em NY, negativos neste momento.
O petróleo continua a tentar ganhar tração com os supostos cortes de membros da OPEP, mas ainda com bastante dificuldade. Por fim, o rendimento dos US Treasuries seguem em franca descompressão na sessão, assim como o dólar contra maior parte das divisas.
CENÁRIO POLÍTICO
Duas boas notícias econômicas para o governo, em meio ao cenário recessivo que se arrasta desde 2015. O IPCA dentro da meta do CMN, mesmo que já projetado pelo mercado há algum tempo, aliviou um primeiro ponto de comparação com a gestão anterior.
Já o corte maior da Selic abre uma tendência de uma visão mais positiva para o futuro em termos políticos, pois se tonar munição para o governo justificar um cenário atual ruim, porém positivo num próximo instante.
E num compromisso com a questão fiscal e mesmo em meio a todos os problemas, Temer não vai criar o ministério da segurança pública, frustrando as esperanças dos políticos por mais uma pasta.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,197 / 0,09 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,463%
Dólar / Yen : ¥ 114,33 / -0,936%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,360%
Dólar Fut. (1 m) : 3213,37 / -0,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 11,34 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,84 % aa (0,18%)
DI - Janeiro 21: 11,11 % aa (0,09%)
DI - Janeiro 25: 11,45 % aa (0,44%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,51% / 62.446 pontos
Dow Jones: 0,50% / 19.954 pontos
Nasdaq: 0,21% / 5.564 pontos
Nikkei: -1,19% / 19.135 pontos
Hang Seng: -0,46% / 22.829 pontos
ASX 200: -0,08% / 5.767 pontos
ABERTURAS
DAX: -0,561% / 11580,83 pontos
CAC 40: -0,395% / 4869,39 pontos
FTSE: -0,274% / 7270,54 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 63201,00 pontos
S&P Fut.: -0,313% / 2263,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,268% / 5033,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,73% / 87,84 ptos
Petróleo WTI: 0,57% / $52,55
Petróleo Brent:0,78% / $55,53
Ouro: 1,07% / $1.204,41
Aço: 1,79% / $682,50
Soja: -0,57% / $19,17
Milho: -0,42% / $355,75
Café: 0,57% / $149,85
Açúcar: 0,24% / $20,60