Infelizmente, poucos apreciam a beleza dos ciclos econômicos. Ignorá-los pode te custar um bom dinheiro.
Investidores também costumam dar pouca importância para a taxa básica da economia, no Brasil usamos como referência a Selic e nos EUA os Fed Funds.
Essa semana teremos decisão de juros por aqui e nos EUA. A nossa expectativa é pela manutenção da Selic em 13,75% e uma alta de 75 pontos-base nos Fed Funds.
Mas, mais do que isso, vai ser interessante ler as atas dos bancos centrais para entendermos como as autoridades monetárias estão enxergando inflação futura.
Muitos podem misturar as coisas e entrar no campo de “torcedor” achando que o Brasil se tornou uma espécie de “nova Suíça”. Cuidado, nós temos uma visão mais otimista com ativos locais pelo simples fato que o trabalho de aperto monetário foi iniciado antes de todos os bancos centrais.
Enquanto aqui temos revisão de PIB para cima e de inflação para baixo, nos EUA a última leitura de inflação decepcionou e as revisões de crescimento econômico são cada vez menores. Parece que Jerome Powel não conseguirá desinflacionar a economia por lá, sem causar uma recessão mais severa.
Por aqui, só a manutenção dos nossos juros pode ser considerada um aumento do aperto monetário, dado que o juro real vai seguir subindo pela queda nas expectativas de inflação.
Esse momento de inflexão dos juros pode ser uma grande janela de oportunidade em ações, dado que historicamente o pico de alta de juro coincide com o “fundo” em ações.
Será que a história se repetirá outra vez? Eu acredito que sim, por isso, minha alocação em ações brasileiras reflete esse otimismo.
Tome risco, mas risco consciente e estratégico!