Além do fluxo positivo, vimos ontem a realização de lucros por parte de exportadores, que aproveitaram patamares acima de 5 reais para vender a moeda norte-americana. A moeda chegou a bater R$ 5,036 no período da manhã. Muita volatilidade no mercado de câmbio. Uma hora é a reação a indicação de membro do BC, na outra é porque nossos juros “valem a pena”. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9875.
Alguns acreditam que os juros altos por aqui trazem força ao real e se traduzem em pressão vendedora no mercado futuro, conforme investidores diminuem posições cambiais defensivas. Por outro lado, há quem acredite que não faz sentido haver uma recuperação do real, mediante um ambiente externo amplamente favorável ao dólar e receios de recessão e crise bancária, assim como o impasse em torno do teto da dívida dos Estados Unidos. As importações da China, por exemplo, contraíram com força em abril, enquanto as exportações aumentaram a um ritmo mais lento.
Hoje veremos dado de inflação nos EUA, num momento em que incertezas rondam a política monetária americana para os próximos meses e diante da pressão inflacionária e riscos de recessão.
Por aqui, a Ata do Copom veio citando o arcabouço fiscal, que, segundo o Banco Central, reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública, destacando que o texto eventualmente aprovado poderá refletir nas projeções para a inflação. O documento reafirmou que se o Congresso aprovar uma regra considerada sólida há uma tendência de processo de desinflação, embora ressalte que não há relação mecânica entre a regra fiscal e os níveis de preços. A ata reafirmou que a conjuntura exige paciência na condução da política monetária, ao acrescentar que segue avaliando se manter a Selic por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação. Quem viver verá…
Para hoje no calendário econômico teremos no Brasil a produção industrial de março, a confiança do consumidor de maio e o fluxo cambial estrangeiro. Nos EUA ,veremos o IPC de abril (índice de preços ao consumidor) e a balança orçamental do Fed.
Bons negócios a todos e que tenham muito lucro!