Em mais um dia de carry trade, o dólar caiu e fechou cotado a R$ 5,1059 na venda. Na mínima chegou a ficar em R$5,0753. Romper o suporte de R$ 5,10 foi um ponto importante para a tendência de queda.
A entrada de investidores estrangeiros no Brasil continua forte. Com a taxa Selic alta e a queda dos juros futuros, o mercado reduz posições cambiais compradas porque o custo de carregamento é alto, inclusive exportadores que também estão vendendo.
Em fevereiro, a divisa cai 3,77%, aprofundando o recuo no acumulado de 2022 para 8,39%. Com isso o real é a moeda que mais ganha contra o dólar na parcial do mês e do ano.
Ontem, além da alta taxa de juros extremamente atrativa no Brasil, o dia foi de nova valorização das commodities, incluindo o minério de ferro, um dos principais produtos da pauta de exportação do Brasil, o que ajuda a elevar os termos de troca (razão entre preços de exportação e importação), melhorando os fundamentos da taxa de câmbio.
Olhar para a crise da Rússia e Ucrânia é ficar atento a movimentos que podem mudar o rumo do câmbio e reverter pelo menos momentaneamente a queda. O reconhecimento da Rússia de duas regiões separatistas no leste da Ucrânia como países independentes desencadeará sanções da União Europeia e do EUA. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, editará em breve um decreto que proibirá novos investimentos, comércio e financiamento de norte-americanos para, de ou nas regiões separatistas do leste da Ucrânia.
A agenda de hoje tem IPCA-15 de fevereiro. Nos EUA, confiança do consumidor e PMIs de fevereiro.
Muita volatilidade e atenção as notícias investidores! Bons negócios, turma!