Segundo reportagem o Valor, a Associação brasileira de Materiais de Construção (ABRAMAT) pediu para a FGV traçar cenários para o setor para o governo Bolsonaro.
Os cenários são: PIB +3 por cento, +2,+1 ou 0 por cento. Com isso o setor de materiais de construção teria: +3 por cento, +2, +0,6 e +0,5 por cento.
Nem preciso dizer a inutilidade de traçar cenários – sempre estaremos errados, ainda mais no momento atual. Mas permita-me dar minha humilde opinião.
O Brasil está em um momento de “ou vai ou racha”.
Ou passamos a reforma da previdência e o país segue com capacidade de crescimento ou não passamos e o país quebra (como nos anos 80) e teremos mais uma crise de grandes proporções.
Não existe meio termo – ou vai ou racha. Teremos +3 por cento de PIB (ou mais) ou novas quedas.
E o setor de materiais de construção tem uma dependência grande do PIB. Se andarmos bem, o setor voa.
Mas se não passarmos a reforma, são mais alguns anos da maior crise da história.
Não temos saída, e isso é ótimo – já que só lidamos com os problemas no último momento possível. O time econômico é ótimo e o governo eleito pelo povo tem tudo para fazer acontecer.
Por essas e outras, no Investidor de Valor, estamos bastante otimistas. E selecionamos algumas das melhores empresas do setor. Aquelas que podem se beneficiar por anos e anos de economia saudável.
Acredite no Brasil. Compre bolsa. Compre MUITA bolsa
Proteína: A diferença de um bom negócio para um péssimo negócio
É bem fácil. E reportagem do Valor de hoje dá uma pista enorme.
Empresa boa gera tanto caixa que seu endividamento é baixo. Não existe necessidade de caixa que justifique grandes empréstimos.
A companhia cresce com baixa necessidade de caixa. Simples.
Já um negócio ruim é o contrário. Como sua rentabilidade é reduzida, a companhia precisa levantar dinheiro para crescer.
O crescimento demanda altos investimentos e possui baixa rentabilidade. Você verá esta companhia sempre lutando contra a elevação de sua dívida com os anos.
E vemos, em reportagem do Valor, como Marfrig (SA:MRFG3) e BRF (SA:BRFS3) lutam constantemente para manter seus endividamentos sob controle.
Marfrig vendeu a Keystone, está com “caixa” e já está de olho gordo nos ativos da endividada BRF.
Além da dívida, um ponto que me chama a atenção no mercado de proteínas é a complexidade. Já imaginou quantos SKUs (ou diferentes produtos) existem em uma vaca?
Cada corte é um produto e cada corte tem um curto prazo de validade. Imagine a complexidade de gerir produtores, frigoríficos e distribuição de tudo isso.
É invejável. Mas é difícil demais para ser um bom investimento.
No Investidor de Valor, gostamos da simplicidade, da facilidade, dos lucros gordos e constantes das boas empresas. Justamente porque é muito mais fácil ganhar dinheiro com elas. É muito mais seguro, muito mais tranquilo.
E, comprando estas preciosidades quando estão baratas, temos enormes alegrias com o passar dos anos – sempre com endividamento reduzido.
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