Um dos vieses que o ser humano possui é o da comparação. Nos investimentos não são diferentes.
É muito comum, especialmente aos iniciantes, “compararem suas rentabilidades”. Essa comparação é feita com as carteiras recomendadas de casas de análises, com o benchmark de mercado e até mesmo com a carteira de amigos. Isso ocorre, principalmente, quando não se tem uma estratégia bem definida ou não se acredita (ou conhece) muito bem sua estratégia.
Fato muito comum, especialmente quando falamos em renda variável, pois menos de 5% da população brasileira está inserida nesse mercado. O investidor ao fazer essas comparações, esquece de um fator primordial; a relação entre RISCO x RETORNO.
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No “mundo real” é raro encontrar uma pessoa que compare suas receitas de aluguéis (ou o lucro com a venda de um imóvel) com os lucros provenientes de sua ocupação. As pessoas não comparam a margem de lucro (ou salário) de sua ocupação, com a de setores distintos, pois tens a consciência que são atuações, conhecimentos e riscos completamente diferentes.
Em resumo, no “mundo real” as pessoas possuem o conhecimento de que são coisas incomparáveis. Mas, no “mundo da bolsa”, por incrível que pareça, isso ocorre com certa frequência. Os “investidores” comparam “ações de valor” com “ações de crescimento”; ações (empresas) com fundos imobiliários (imóveis); e até mesmo, renda variável com renda fixa. Isso pode parecer absurdo, mas é (muito) mais comum do que se imagina.
Parece que o “mundo da bolsa” é um mundo paralelo, onde se comparam rentabilidades sem levar em conta de onde provêm esse retorno. É importante, que o investidor pare de “olhar a grama do vizinho” e tenha em mente quais são os seus objetivos de investimentos, rol de competências e ativos elegíveis em sua estratégia, pois como Warren Buffett nos ensina, “o risco vem de não saber o que você está fazendo”.
Nesse cenário, é fundamental que o investidor compreenda o seu atual momento financeiro, estágio de vida, competências, conhecimento de mercado e apetite (aversão) ao risco. Possuir a consciência (racionalidade) de que o “vizinho” tens personalidade, conhecimentos, objetivos e estratégias, que em sua maioria, podem ser totalmente diferentes, tornam essa comparação não apenas ineficiente, como também podem culminar com a adesão a riscos desnecessários.
Ciente de que o “mundo da bolsa” e o “mundo real” são os mesmos, não compare o incomparável, e nem se compare, pois como Howard Marks nos ensina: o mais importante para o investidor é ter ciência de que o mercado se comporta como um pêndulo. Sempre que (o pêndulo) está perto de uma das extremidades, mais cedo ou mais tarde é forçado a retornar, através do seu próprio peso.
Um das extremidades é formada por ganância, credulidade e tolerância, a outra é composta por medo, ceticismo e aversão ao risco.
Em um lado o risco de se perder dinheiro e do outro o risco de se perder oportunidades. Trate o “mundo da bolsa” como o “mundo real” tendo consistência de longo prazo, você não vê ninguém comprar um imóvel (mundo real) hoje, e amanhã, ligar ao corretor para saber seu preço. Mas, no “mundo da bolsa” você vê pessoas comprando um ativo hoje e olhando sua cotação amanhã, balizando se isto foi um bom ou mal investimento.
Tenha consciência de que não é o mercado que diz se o teu investimento é “bom ou ruim”, mas sim, o teu conhecimento e estudo sobre os preços (e riscos) dos ativos. Lembre-se sempre do que Warren Buffet nos ensinou: “por algum motivo, as pessoas baseiam-se nos preços e não nos valores. PREÇO É O QUE VOCÊ PAGA, VALOR É O QUE VOCÊ LEVA”.