Durante a semana não se falou em outra coisa. Não é para menos. Nem todos acreditavam, mas não teve jeito. O mundo entrou em guerra novamente. Ainda que existam zonas de conflito em outras partes do globo, esta, em especial, tem potencial bastante grave. Isto por envolver direta e indiretamente importantes potências mundiais - Rússia e membros da Otan: EUA, Alemanha, Reino Unido, França e outros.
Antes de iniciar, porém, vale uma breve contextualização do cenário para ajudar no entendimento deste conteúdo. O conflito entre Rússia e Ucrânia começou em meados de 2014, depois da invasão russa à Crimeia.
Este território foi um “presente” do líder soviético Nikita Kruschev a fim de fortalecer a relação entre os dois países. Porém, desde 1991, com a queda da União Soviética, uma parcela de nacionalistas russos pediam o retorno da região ao mapa russo.
É aí que mora o ponto central. Desde o ocorrido, a Ucrânia tem buscado um alinhamento maior com a União Europeia e a Otan. Contudo, isto divide posições dentro de sua própria sociedade.
Por conta do cenário descrito acima, há alguns meses a Rússia iniciou um processo de concentração militar na fronteira ucraniana. A justificativa era a de que as forças armadas - cerca de 150 mil pessoas - estariam em exercícios militares.
Esta semana, no entanto, vimos que não se tratava disso. No dia 24 de fevereiro os ataques começaram em ao menos 20 regiões do país.
As bolsas pelo mundo sofreram, obviamente. Por aqui, vimos o Ibovespa cair 2% - de 112 mil para 109 mil - e o dólar sair de R$5 e tocar os R$5,15.
Lá fora, os índices S&P, Nasdaq e Dow Jones amanheceram com queda de mais de 2%. Na Europa, o STOXX 600 amargou queda de mais de 4%.
Diante deste cenário, como fica o investidor brasileiro?
Em primeiro lugar, é importante destacar a necessidade de diversificação. Existem pessoas que alocam os recursos sem uma estratégia bem definida. Ainda que os investimentos no exterior sejam visivelmente mais atraentes, existem ressalvas.
Por isso, a formação de uma carteira de investimentos adequada passa por uma composição que tenha um pouco de algumas coisas. Não vou entrar no mérito de quanto alocar em cada um. Isso depende de perfil e não caberia falar sobre isso neste espaço.
Portanto, o investidor deve pensar, sobretudo, em momentos como este, em classes que sofram menos com oscilações de mercado. Eles estão na renda fixa, mas não necessariamente só em títulos públicos. Há também o mercado de crédito privado.
Além disso, com as quedas em várias bolsas, são abertas oportunidades para a compra de bons ativos a preços descontados. Mas, se você não aguenta a volatilidade, é melhor rever a sua alocação! Pense nisso!