Planejamento sucessório é uma temática essencial e frequentemente negligenciada no gerenciamento de patrimônios familiares. Este processo, que envolve a preparação e organização para a transferência de ativos de uma pessoa para seus herdeiros ou beneficiários, seja durante a vida ou após o falecimento, vai muito além de uma mera formalidade legal.
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O objetivo central da ferramenta é garantir uma transição eficiente e harmoniosa de bens, minimizando custos, impostos e, principalmente, disputas judiciais que podem desgastar relações familiares e dilapidar o patrimônio construído, muitas vezes, ao longo de gerações.
Embora muitos possam considerar o planejamento sucessório como algo reservado para os muito ricos, a realidade é que ele serve a um propósito importante para qualquer pessoa que tenha patrimônio a ser transferido, independentemente do seu tamanho.
Seja para assegurar que os bens sejam distribuídos conforme os desejos do proprietário ou para mitigar custos com impostos e evitar conflitos entre herdeiros, ter esta questão organizada é crucial.
Explicado este ponto inicial, a organização de um planejamento sucessório eficaz começa com uma avaliação detalhada do patrimônio, abrangendo todos os bens, investimentos e ativos.
Esta avaliação precisa ser acompanhada pela definição clara dos objetivos pessoais e familiares, que pode variar consideravelmente de uma família para outra.
A consulta com especialistas, como advogados, contadores e consultores financeiros, é um passo importante, pois cada situação exige uma abordagem específica e adaptada às leis vigentes e às circunstâncias particulares de cada grupo familiar.
As ferramentas utilizadas no planejamento sucessório são diversas e devem ser selecionadas com base nas necessidades específicas de cada caso.
Testamentos são a forma mais conhecida, permitindo que a distribuição dos bens aconteça conforme a vontade do testador, respeitando, claro, os limites legais.
Doações em vida representam outra estratégia, que além de antecipar a transferência de bens, pode trazer benefícios fiscais significativos.
Para casos mais complexos, como em famílias com grandes patrimônios ou negócios, estruturas como fundos de investimento e holdings familiares se tornam opções relevantes.
Ainda existem outras alternativas além das descritas acima como seguro de vida e previdência privada que trazem benefícios fiscais relevantes no processo.
No segundo caso, da previdência, 50% do patrimônio pode ser alocado dentro da classe, que ajuda a evitar custos elevados com a transmissão.
No caso do inventário, os custos com ITCMD e honorários advocatícios podem passar de 15% do patrimônio a depender do estado de origem. Portanto, vale um olhar cuidadoso para esta questão.
Também vale dizer que no Brasil, é preciso seguir algumas regras específicas em relação aos herdeiros legais.
Isso significa que, independentemente da nossa vontade, existem algumas normas para a transmissão dos bens e ativos.
Uma dessas regras diz que na falta de descendentes (filhos), os beneficiários passam a ser os pais, depois os irmãos e por aí vai.
Além disso, obrigatoriamente 50% do patrimônio deve ser direcionado para os herdeiros legais. Para ter um exemplo, imagine que o titular seja casado e tenha filhos.
Neste caso, 25% são da esposa e os outros 25% dos filhos. Feita esta divisão, aí sim o restante (50%) poderá ser deixado para outras pessoas.
Vale ressaltar que, caso o planejamento não tenha sido organizado, este percentual (50% restante) é direcionado de forma automática para os herdeiros legais.
É interessante observar que o planejamento sucessório não se restringe apenas a famílias com patrimônio substancial ou a proprietários de empresas. Ele se aplica também em contextos familiares mais complexos, como famílias com filhos de diferentes casamentos, onde a ausência de um plano claro pode levar a desentendimentos e conflitos.
Em essência, independentemente do valor do patrimônio, o planejamento sucessório é uma prática de gestão responsável, que visa não apenas a preservação de bens, mas também a manutenção da harmonia e do legado familiar.
Por fim, o planejamento sucessório é um elemento crítico na gestão de patrimônios.
Através dele, é possível não só garantir que a transferência de bens aconteça de acordo com os desejos do titular, mas também preservar o valor desses bens para as gerações futuras.
A chave para um planejamento eficaz é a antecipação e o aconselhamento especializado, elementos que podem fazer a diferença entre uma sucessão tranquila e um processo repleto de disputas e desgastes.
Pense nisso e bons negócios!