Como Fica o S&P500 Frente à Nova Temporada de Balanços?

Publicado 14.04.2020, 11:59

O JPMorgan e a gigante farmacêutica Johnson & Johnson iniciaram o que pode ser a temporada de balanços mais estranha de todos os tempos, refletindo os desafios de retratar o estado dos negócios no meio da pandemia.

Os balanços de ambas as empresas serão em grande parte históricos, uma vez que o vírus não começou a afetar a economia dos EUA até março.

Dessa maneira, todos os olhos estarão na avaliação de desenvolvimentos de curto prazo.

O JPMorgan mostrou lucro que ficou mais fraco do que as projeções dos analistas. A receita ficou menor do que a mediana das previsões.

A empresa divulgou que o lucro por ação (LPA) foi de US$ 0,78, resultado que ficou mais fraco do que as previsões dos analistas que apostavam em LPA de US$ 2,28.

Já a Johnson & Johnson mostrou lucro que superou as projeções dos analistas, como também a receita ficou acima da mediana das previsões.

A empresa divulgou que o lucro por ação (LPA) foi de US$ 2,30, resultado que superou as previsões dos analistas que apostavam em LPA de US$ 1,99.

Agora, o foco dos investidores começa a se voltar para os balanços do 1º trimestre de 2020 de outras gigantes do mercado. Será que teremos surpresas? Será que já teremos consequências da pandemia?

É fato que se estes balanços vierem mais positivos do que o esperado, o investidor não deverá se iludir, já que os grandes impactos econômicos da pandemia devem aparecer nos balanços de 2º e 3º trimestres de 2020.

Olhando agora para o gráfico diário do S&P 500, acredito que surpreendeu até os mais otimistas.

Quando vivíamos a avalanche que derrubou o Índice em -36%, da máxima histórica em 3.397 para os 2.170, parecia o fim do mundo! Parecia que o mercado não acharia fundo e que o colapso seria maior…pânico generalizado.

Porém, alguns dias depois, já podemos notar como o mercado recuperou aproximadamente metade da queda.

Uma correção neste momento de -17,5%, dos 3.397 até os 2.800 pontos, pode não ser tão alarmante assim perto do que vivemos.

S&P 500

Temos uma zona de interesse entre os 2.735 até os 2.780 pontos. No momento da escrita, o mercado trabalha acima desses níveis, fato que pode gerar impulso para testar a região de resistência entre 2.900 até 3.065.

Acima dos 3.065 pontos, os compradores poderiam ganhar força de vez rumo a um teste da máxima em 3.397 novamente.

Como suporte mais importante, caso tivermos uma segunda onda de quedas no índice, destaco os níveis entre 2.320 e 2.170 pontos.

Por fim, os pacotes monetários de estímulos do governo americano acima de 2 trilhões de dólares parecem ter surtido o efeito necessário para sustentar o sistema neste período de quarentena.

Não devemos esquecer que em momentos de crashes os investidores ficam irracionais. Começam a vender seus ativos sem ponderação.

Muitas empresas ficaram com valor abaixo do que realmente valiam no mercado e com yields interessantes.

Quem tinha caixa e experiência pode ter entrado comprado nas quedas se aproveitando dos descontos.

É uma pena que a maioria das pessoas que vem para a bolsa não possui experiência e controle emocional para atravessar os grandes movimentos.

Acabam comprando em topos e vendendo em fundos, sempre na mão invertida do mercado, perdendo dinheiro de forma consistente.

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