A queda na taxa básica de juros certamente pode ser um catalisador para aumentar o volume de negociações na bolsa de valores. A partir do momento que a Selic entra em um ciclo de baixa, a renda fixa começa a perder atratividade e, consequentemente, os investidores olham mais para a renda variável.
Vale lembrar que a expectativa é vermos uma desaceleração da taxa agora no segundo semestre; mas é algo progressivo, ou seja, levará um tempo para que o COPOM reduza com efetividade a Selic nas próximas reuniões. O comitê ainda irá avaliar como os dados, principalmente a inflação, irão reagir à redução dos juros. Porém, ainda assim o apetite pelos ativos da bolsa tende a crescer.
Diante desse cenário, percebemos que o investidor pessoa física que não tem tanta experiência em renda variável acaba se guiando muito por notícias. Nesses momentos o ideal é que, antes de entrar no mercado de ações, ele entenda as teses de investimentos, conheça as empresas que está comprando e o que está acontecendo na conjuntura macroeconômica mundial, para que possa guiar-se de forma mais aprofundada.
Além disso, outra orientação é prezar pela qualidade dos ativos e traçar uma estratégia de investimentos. Porque, por mais que o Ibovespa esteja próximo dos 120 mil pontos, ainda estamos sendo impactados por ciclos microeconômicos, e tem muita empresa boa que gera lucro e paga dividendo que não acompanhou o ciclo, e está abaixo do seu valuation histórico.
No entanto, existem diversos ruídos macroeconômicos acontecendo, tanto no cenário local quanto no externo, que podem impactar a bolsa. Então o investidor precisa ter cautela e estômago para acompanhar o mercado de renda variável, entender tudo o que está acontecendo no Brasil e no mundo, e como isso irá interferir no portfólio, para no longo prazo ter ganhos, dividendos e aumento de posição.