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Como começar a investir? Reserva financeira: Por quê? Parte 2

Publicado 19.03.2024, 13:00

Na primeira publicação da série, o leitor foi convidado a encontrar o SEU PORQUÊ de investir, e esse porque está ligado ao seu objetivo de investimento.

Essa série de publicações, apresenta conceitos e ativos para que você investidor tome decisões que o aproximem de seus objetivos financeiros.

Iniciamos com a Reserva Financeira, e aqui não entraremos no mérito de produtos específicos ou de prazo que se deve ter em reserva, pois cada um tem a sua realidade; além de conhecimentos e objetivos diferentes, o importante é que você compreenda o que é uma reserva financeira, que classe de ativo estudar, e mesmo sendo uma reserva, nada melhor do que rentabilizá-la.

Tenha em mente que a Reserva Financeira é algo que você não pretende utilizar, ela está ali para lhe trazer conforto, serenidade e segurança, porém em quaisquer emergências ou necessidades, é desse recurso que o teu “socorro” virá, portanto ninguém melhor do que você para compreender a sua realidade (empresário, autônomo, estatutário, celetista) para definir qual o valor a ser destinado a essa reserva.

A princípio, é fundamental que você tenha um orçamento doméstico bem definido, onde compreenda quais são as suas despesas mensais, não esqueça de incluir despesas como IPVA, IPTU, material escolar, dentre outros, pois não raro são os casos de se recorrer a empréstimos ou se pagar juros por despesas que não estavam no orçamento.

Com esse orçamento bem delimitado, você já sabe quais são os seus valores mensais/anuais de despesas e o montante necessário para honrá-las, chegando ao percentual e o valor da renda que sobra ao final de cada mês para investir e também usufruir.

Ao se fazer esse cálculo, você verá que possuir custos fixos baixos, lhe permite maior flexibilidade para usufruir de experiências, tais como viajar, jantar fora, levar a família ao cinema, dentre outros hobbies, e caso eventualmente ocorra uma emergência ou gasto extra, você terá maior flexibilidade em seu orçamento para realocar suas experiências, não se fazendo necessário recorrer ao pagamento de juros ou empréstimos, caso você ainda não tenha construído a sua reserva financeira.

Ao determinar esse valor, não esqueça de atualizá-lo anualmente, pois o crescimento de suas despesas anuais são normalmente superiores ao crescimento da inflação (IPCA), evidenciando a importância de um orçamento doméstico bem delimitado e que reflita a sua realidade econômica atual.

Com esse trabalho de casa realizado, você terá a tranquilidade em determinar a quantia exata para possuir de reserva financeira, podendo variar entre 03 meses, 06 meses, 12 meses, e assim por diante, lembre-se, quanto maior a sua reserva financeira, maior é a sua tranquilidade para as suas tomadas de decisões, sejam elas para uma realocação profissional, para empreender, para fazer uma transição de carreira, dentre outros planos que você e sua família possuam.

Ao se falar de reserva financeira estamos falando da classe de ativos de RENDA FIXA, especificamente da Renda Fixa PÓS FIXADA, pois dentro da Renda Fixa possuímos outros ativos, como por exemplo títulos pré-fixados e indexados à inflação.

O objetivo dessa publicação não é destrinchar cada um desses ativos, mas sim demonstrar as aplicações existentes para uma composição de reserva financeira, onde você possa ter a certeza de que no momento de eventual resgate desse valor, você o tenha de imediato (liquidez) e sem perda financeira.

Essa segregação se faz necessária, pois até mesmo títulos de renda fixa podem sofrer com oscilações negativas, e em casos de resgates antes do vencimento, obter um valor menor do que o inicialmente depositado, comumente chamado de marcação a mercado, especialmente em títulos pré-fixados e indexados à inflação.

Dessa maneira, é importante que você ao concluir essa leitura tenha em mente qual o montante se faz necessário para a manutenção das suas despesas mensais, qual o período que esse montante cobre todas suas despesas, e que o ativo a ser escolhido é pós fixado, ou seja, o investimento que acompanha a taxa básica de juros (Selic).

Pareceu complicado?

Vamos descomplicar, segue abaixo um exemplo hipotético:

Despesa Mensal = R$ 10.000,00.

Período de Cobertura = 12 meses.

Reserva Financeira = R$ 10.000,00 x 12 meses = R$ 120.000,00.

Nesse exemplo hipotético, a reserva necessária que apresenta conforto e tranquilidade a essa pessoa/família é o valor de R$ 120.00,00, e como apresentado acima, a classe de ativos indicada é Pós Fixada com liquidez imediata, ou seja, D0 no máximo D1, que significa que ao solicitar o resgate dessa aplicação, o recurso estará disponível no mesmo dia ou no máximo no dia seguinte.

Importante, que caso sua Reserva Financeira seja consumida por qualquer imprevisto, primeiramente, analise esse imprevisto, e se o mesmo não foi abrangido em seu orçamento por algum equívoco, ou se o mesmo foi efetivamente um imprevisto, e posteriormente, recomponha essa reserva.

Esse tema é muito negligenciado, pois quando o mercado está “eufórico” é tentador resgatar tais valores para “rentabilizá-lo” com a promessa de recompor essa reserva ali na frente, acredite, normalmente quando se faz necessário a utilização da reserva são em mercados de baixa, pois quando o mercado está “eufórico” as pessoas estão otimistas e o país está indo bem, o mesmo não ocorre em momentos de “queda” onde o pessimismo toma conta, por isso é importante ter em mente que a sua Reserva Financeira é para lhe trazer tranquilidade para tomadas de decisões que possam vir a influenciar a sua vida e de toda a sua família para sempre.

Por fim, mas não menos importante, é válido que o cliente tenha em mente que o excedente de seus recursos podem sim estar em uma Renda Fixa Pós Fixada, aguardando uma melhor alocação de acordo com o seu perfil e conhecimento de mercado, pois como apresentado na publicação anterior, “não é possível correr, se ainda se está engatinhando”.

Portanto, é primordial, que a alocação nas demais classes de ativos que serão apresentadas na próxima publicação dessa série, respeitem: o seu perfil, o seu nível de conhecimento e principalmente, o “seu sono”, o teste do travesseiro é o mais eficaz, pois o investimento foi feito para lhe trazer segurança, paz e tranquilidade e não o contrário, se isso está ocorrendo, você está correndo riscos desnecessários e investindo de maneira errada.

Nunca se esqueça do grande ensinamento de Warren Buffet, que diz: “o risco vem de não saber o que se está fazendo”, e lembre-se o “dinheiro que entra na bolsa fica na bolsa”, pois como seu saudoso sócio Charlie Munger nos ensinou “o grande dinheiro (ou o dinheiro de verdade) não está na compra e na venda, mas sim na espera”.

Dessa maneira, antecipamos o próximo assunto dessa série, onde paciência e disciplina aliada ao estudo e o tempo, farão com que naturalmente você evolua e conquiste confiança para aumentar a sua exposição e alocação em outras classes de ativos.

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