A evolução tecnológica é uma realidade concreta, que tem sido uma força transformadora em diversos segmentos. Um dos expoentes disso é o financeiro, em que a busca pela inovação também passou a andar lado a lado com a eficiência, de forma a resultar no aumento do acesso das pessoas aos seus produtos e serviços.
Para enriquecer a discussão, vamos trazer o mercado de câmbio como objeto de análise. Hoje, essa área do setor foi remodelada principalmente pelas ações fintechs, que implementam soluções tecnológicas em todas as suas operações. Recursos como a Inteligência Artificial (IA), Interfaces de Programação de Aplicação (APIs) e Internet das Coisas (IoT) atribuíram um aspecto inédito aos processos e funções, culminando no estreitamento de laços com os clientes.
A transição para o digital permitiu às empresas aperfeiçoar todas as suas ofertas, o que, consequentemente, abriu o leque de demandas. Dos especialistas no setor financeiro aos que estão prestes a realizar a primeira transferência internacional, a otimização das plataformas das organizações se tornou um fator convidativo para os consumidores atingirem as suas metas, sempre por meio de jornadas personalizadas e vantajosas.
Talvez uma das maiores provas desse teor democrático seja a redução das taxas, em comparação com as cobranças muitas vezes abusivas de instituições financeiras tradicionais. O universo do câmbio por si só já possui custos inerentes às operações, então elevar ainda mais esses gastos seria um empecilho na aproximação das companhias com os clientes.
Essa é uma lógica que abrange toda a base de atuação das fintechs. A digitalização dos seus produtos e serviços não se trata de fazer investimentos astronômicos, que posteriormente refletiriam nos preços dos serviços. Ao contrário, as ferramentas tecnológicas promovem uma eficiência que seria impossível de acontecer com recursos manuais - e mais caros.
Antes da ascensão das startups, as atividades cambiais eram caracterizadas por sua lentidão e burocracia, que não apenas elevavam os custos financeiros, como também se estendiam por um longo período de tempo até serem finalizadas. E, diferente do que se possa imaginar, essa estrutura é tão dispendiosa para as instituições quanto para o cliente final, sendo PJ ou PF.
Em outras palavras, as demandas de todos os envolvidos precisavam ser transformadas em uma só. A escolha de um viés inclusivo e prático comprova que as companhias estão do mesmo lado dos usuários, em uma relação transparente e justa.
Não à toa, a maioria das fintechs oferece plataformas digitais amigáveis e dispositivos intuitivos, mas sem renegar o acompanhamento humanizado de especialistas do mercado cambial. Nenhuma tecnologia atinge o seu potencial máximo sem uma mente brilhante por trás dela, quanto mais se tratando de um mundo complexo como o setor financeiro.
Portanto, o foco está no desenvolvimento das experiências do cliente. Estes princípios têm sido cruciais para descomplicar uma área enxergada algumas vezes como inacessível, tornando-a mais aberta para novos consumidores, investidores, organizações, dentre outros.
Qual é o futuro das fintechs no mercado cambial?
Obviamente, as instituições financeiras tradicionais não vão desaparecer do mercado - e nem devem. Da mesma maneira, os clientes que já utilizam as suas modalidades de serviço há anos não necessariamente vão mudar a visão perante os novos formatos do mercado cambial.
No entanto, o caminho da inovação contínua segue como o futuro das fintechs nesta área do setor financeiro. Com novas soluções, produtos e serviços construídos a partir da digitalização de operações de câmbio, a tendência é que a expansão do setor siga acontecendo.
Cedo ou tarde, funcionalidades inéditas e propostas customizadas chegarão àqueles que talvez nunca pensaram em recorrer a esse tipo de alternativa. E é justamente nesse momento que as mudanças de mentalidade, seja das instituições financeiras antigas ou de clientes experientes, ocorrerão.
Afinal, a ideia de democratizar o câmbio vai muito além de objetivos completamente individuais. Atualmente, a função do dinheiro na sociedade está sendo revista, de forma que haja uma caminhada conjunta para que todas as pessoas tenham a chance de controlar as suas finanças com autonomia.
Ninguém precisa ficar de fora dessa jornada e as fintechs com certeza lutarão para garantir o cumprimento da meta.