As expectativas inflacionárias pós-pandemia continuam avançando e, consequentemente, elevando as previsões para a taxa básica de juros. Até o momento, foram 11 semanas consecutivas de alta para o IPCA (última: 5,90%) e que continua acima do teto da meta estipulada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) de 3,75% (+/- 1,5%) para 2021.
E o que isso significa? De forma direta, refere-se ao aumento dos preços de produtos e prestação de serviço, diminuindo o poder de compra do consumidor.
Dentro de um sistema econômico, existe uma quantidade de variáveis econômicas, como indicadores que demonstram as variações de preços atrelados ao nível de atividade e contas externas e fiscais do país, no caso as dívidas.
Um dos indicadores mais utilizados na medição da saúde financeira do Brasil é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, mais conhecido como IPCA. Ele representa a nossa inflação, ou seja, o aumento generalizado dos preços.
O IPCA é calculado todos os meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e os grupos de composição do IPCA que possuem maior peso são: alimentação e transporte (20% e 21% respectivamente).
O desafio inflacionário do Banco Central é controlar os estímulos econômicos com a necessidade da população em oferta e demanda. Ou seja, quanto mais estímulos e incentivo tiver (mais dinheiro no mercado), maior é a oportunidade para a população gastar mais e, consequentemente, aumentando o seu poder de compra, maior será o aquecimento da economia.
Porém, para aumentar a quantidade de dinheiro circulando, o país precisa emitir moedas ou dívidas. E quando acontece esse processo, maior será a inflação e, consequentemente, a taxa de juros.