Preços das principais commodities mundiais apresentam queda de preços. Os preços estão na mínima de 10 anos.
Vamos analisar as principais commodities negociadas em bolsas internacionais, e cujas produções agrícolas são mundiais.
Começamos analisando o café, negociado na Bolsa de Nova York. Preços estão equiparados aos valores de 2005.
É possível imaginar uma linha de suporte de preços, conectando os fundos, e os topos, ao redor de 1 dólar.
Poucas vezes na história, desde a década de 1970, o preço do café esteve abaixo da cotação atua, entre 1990 e 1995 e também 2000 e 2005.
Se romper essa resistência novas quedas de preços serão vistas.
No mercado de açúcar, negociado na Bolsa de Nova York, os preços o preço oscila próximo a 0.10, mesmo valor do ano 2008. Também é possível imaginar um suporte de preços nos preços atuais, conectando fundos e topos. Abaixo dos valores atuais, foram os primeiros anos da década 2000, 1985 e grande parte da década de 1960.
Graficamente, o próximo suporte de mínimas de preços para o açúcar é U$$ 0.05. Metade do valor atual!
Para os preços de soja grão, negociada na Bolsa de Chicago, o valor está U$$ 8.30, mesmo valor de 2007. Também se pode imaginar um suporte de preços, entre fundos e topos, neste patamar de preços.
Para a soja, na maioria das vezes os preços estavam abaixo dos preços atuais. 2007 em diante os preços subiram, alcançaram recordes de preços,a U$$ 18.00, e agora, voltaram.
Graficamente, a próxima grande linha de suporte de preços se encontra pouco abaixo dos U$$ 6.00
Os preços do milho, negociados na Bolsa do Chicago, negociado a 3.50 se encontra nos mesmos valores de 2008. Tal qual a soja, poucas vezes os preços do mesmo estiveram acima dos valores atuais, somente do final dos anos 2000 até atualmente.
Também é uma minina de preços, na qual se pode imaginar um suporte que conecta outros fundos e topos.
Se romper este suporte, o próximo se encontra na casa dos U$$ 3.00
Algumas ponderações precisam ser feitas para um compreensão dos preços a longo prazo:
Todas as commodities citadas tiveram uma viradas nos preços para alta após a crise de 2008. Mas café e açúcar versus soja e milho tiveram comportamentos diferentes. O café o açúcar tiveram uma alta mais efêmera. Soja e milho tiveram um período de altos preços. Os recordes de produção de açúcar e café no mundo, no período, explicam isso. Ao passo que soja e milho tiveram produções afetadas por faltas de chuvas. Quebras de safra foram vistas nos Estados Unidos, Brasil, e Argentina.
Soja e milho alcançaram topos de preços bem acima dos valores anteriores. E ainda estão com preços acima da média histórica. Café e açúcar já tiveram preços mais altos no passado e seus preços já corrigiram, sobretudo café.
O longo prazo torna mais claro a dinâmica dos preços. É bom se preparar. Quanto maior a capacidade de produção agrícola, maior a pressão sobre os pressos.
Não havendo crises, e com juros em alta, as commodities perdem a atratividade como investimento seguro.
O mesmo fenômeno pode demorar para ser percebido. No Brasil, por exemplo, agricultores, ludibriados pela cotação do dólar, comemora altos preços no mercado interno (momentaneamente), sem se dar conta do fenômeno no qual está inserido.
Sugiro cautela e proteção.
Um abraço, Maurillo.