Por aqui até que o mercado de câmbio está estável perto do que está ocorrendo com as moedas mundo a fora.
A aversão global a risco provocada pela guerra na Ucrânia não deixou o real se valorizar mais pelo impulso que a disparada das commodities tem fornecido à moeda brasileira.
O dólar ontem fechou cotado a R$ 5,0795 na venda. Na mínima bateu R$ 5,029 e na máxima R$ 5,0951. Mais um dia de pregão volátil.
O que pesou foram temores de que a disparada dos preços do petróleo (depois de notícias de que Estados Unidos e aliados estavam considerando proibir a importação de petróleo da Rússia) levará a uma inflação mais aquecida e à desaceleração do crescimento ao redor do mundo.
O preço das commodities, como trigo, milho, soja e metais, é um dos fatores de impulso para moedas de países exportadores, como o Brasil, já que os preços mais altos tendem a elevar o fluxo de dólares para o mercado local.
Estamos com dois movimentos controversos para o câmbio no Brasil, por um lado o fluxo estrangeiro e o diferencial de juros com a economia americana e parte do capital que seria investido na Rússia vindo para cá, favorecem a apreciação do real, por outro, a retirada de estímulos monetários globais, as tensões geopolíticas no exterior e as incertezas de natureza fiscal no âmbito local podem não deixar o real ganhar tanto quanto poderia ser.
Calendário de hoje temos PIB da zona do Euro, IGP-DI de fevereiro aqui no Brasil e nos EUA a balança comercial de janeiro.
Bons negócios a todos e tomara que essa guerra termine logo.