Mais um dia volátil no pós FOMC, com o mercado sem um rumo concreto na sessão anterior. A sessão de hoje não começa diferente, com o fechamento errático na Ásia e abertura sem direção na Europa e futuros das bolsas em NY, com VIX em leve alta.
Entre as commodities, o contexto é mais estável, com altas observadas entre os contratos de petróleo em NY e Londres, aço, cobre, platina e agrícolas. O cenário pós FED ainda é benéfico para o setor, em especial ouro e prata.
Já o dólar abre mais uma sessão em queda consistente em nível global, o que afetou parte do fechamento das bolsas asiáticas. Neste momento, o rendimento dos Treasuries opera em alta, como consequência da queda global do dólar.
As inflações divulgadas pela manhã, apesar do sentido inverso de ambas (Fipe semanal em alta, ante contração anterior e IGP-M semanal abaixo das expectativas) ainda mantém o que pode considerar um contexto inflacionário benigno e não há risco de se reverter o atual ciclo de afrouxamento monetário.
Agora, com a necessidade do governo em apresenta uma agenda macroeconômica cada vez mais positiva, cresce de maneira impar a possibilidade de aprofundamento dos cortes de juros pelo Banco Central.
Os indicadores econômicos a serem divulgados na próxima semana ainda mantém tal premissa, todavia o peso do contexto político cresce e não pode ser ignorado pela autoridade monetária.
Juros ainda é para baixo, certamente, porém é cedo para cantar cortes de 125 bp em meio a tal cenário incerto.
CENÁRIO POLÍTICO
A manobra em divulgar indicadores econômicos positivos é o contra-ataque do governo às manifestações supostamente contra a previdência, para apoias a candidatura do ex-presidente lula.
Ações como a divulgação do CAGED e o leilão positivo dos aeroportos ontem com criação de mais de 35 mil postos de trabalho se multiplicarão nas próximas semanas, de modo a fortalecer a necessidade das reformas em andamento.
Dentro de todo o contexto político, permeado pela lava jato, o TCU envia ao governo ordem para alterar parte dos acordos de leniência com as empresas, citando favorecimento acima do necessário.
Em resumo, a vida destas empresas continuará difícil e muitos executivos podem se propor a colaborar ainda mais.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,119 / 0,49 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,251%
Dólar / Yen : ¥ 113,22 / -0,079%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,057%
Dólar Fut. (1 m) : 3126,29 / 0,01 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,01 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,54 % aa (0,53%)
DI - Janeiro 21: 9,99 % aa (0,40%)
DI - Janeiro 25: 10,35 % aa (0,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,68% / 65.783 pontos
Dow Jones: -0,07% / 20.935 pontos
Nasdaq: 0,01% / 5.901 pontos
Nikkei: -0,35% / 19.522 pontos
Hang Seng: 0,09% / 24.310 pontos
ASX 200: 0,24% / 5.800 pontos
ABERTURA
DAX: 0,057% / 12090,01 pontos
CAC 40: 0,429% / 5034,91 pontos
FTSE: 0,126% / 7425,31 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 66265,00 pontos
S&P Fut.: -0,017% / 2378,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,088% / 5417,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,27% / 85,10 ptos
Petróleo WTI: 0,57% / $49,03
Petróleo Brent:0,62% / $52,06
Ouro: 0,19% / $1.228,93
Aço: 0,13% / $89,62
Soja: 0,05% / $18,92
Milho: -0,14% / $365,75
Café: 0,40% / $139,75
Açúcar: 0,38% / $18,32