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Commodities na Semana: Batalha entre EUA e China Atinge Metais e Petróleo

Publicado 06.08.2018, 03:31
Atualizado 02.09.2020, 03:05
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A resistência do petróleo dos EUA nos altos níveis de US$ 60 será testada novamente esta semana, já que a guerra comercial EUA-China atingiu um novo ponto de fulgor que poderá atrair mais investidores para a relativa segurança do mercado de dólar, pesando novamente sobre ouro, cobre e outras commodities industriais.

Na agricultura dos EUA, espera-se que a aveia mantenha sua série de vitórias, com fundamentos técnicos sugerindo "Compra Forte" após a alta de 8% na semana passada que catapultou o cereal para a máxima de 6 meses.

Pequim listou na semana passada US$ 60 bilhões em mercadorias norte-americanas que serão alvo de tarifas para conter o aumento de impostos planejado por Washington sobre US$ 200 bilhões das importações chinesas, mostrando que nenhum dos lados está pronto para piscar na batalha de cinco meses. Ambas as nações impuseram tarifas equivalentes no mês passado sobre US$ 34 bilhões em produtos de cada uma e têm planos de acrescentar outros US$ 16 bilhões em suas listas, que incluem produtos desde aço e alumínio até máquinas de lavar e mesmo frutas secas.

A China também alertou sobre os impostos sobre o petróleo dos EUA, após ter se tornado o segundo maior comprador da commodity. Mesmo sem tal ameaça, a importância crítica do petróleo para a economia global o torna vulnerável em qualquer guerra comercial, especialmente envolvendo as duas maiores superpotências econômicas e consumidores de energia do mundo.

Guerra comercial gera dúvidas

"Está gerando dúvidas na maioria dos mercados de ativos, incluindo o petróleo", disse Dominick Chirichella, analista da EMI DTN em Nova York, sobre o assunto, embora, ao retirar a retórica da situação tenha acrescentado: "não acredito que isso seja uma questão de longo prazo e, nos próximos meses, espero ver o progresso em direção a um acordo negociado ”.

WTI Diário

O petróleo bruto West Texas Intermediate teve perdas líquidas por seis semanas consecutivas, com a recuperação de quase 2% na quinta-feira impedindo um declínio maior na semana passada. A partir da máxima de 3 anos e meio acima dos US$ 75 por barril no início de julho, o WTI fechou a sexta-feira em US$ 68,49 por barril - queda de 7% no mês e quase 10% abaixo do pico deste ano. O petróleo britânico Brent, a referência mundial para o petróleo bruto, teve perdas similares, fechando em US$ 73,2, o que se compara aos US$ 80,50 registrados em maio.

Os fundamentos técnicos diários do Investing.com apontam “Neutralidade” no WTI, com níveis de suporte de Fibonacci de US$ 68,51, US$ 68,46 e US$ 68,40. A resistência ficava em US$ 68,63, depois em US$ 68,68 e depois em US$ 68,74. O pivô foi visto em US$ 68,57.

Estoques e contagem de sondas em baixa podem resgatar o WTI

O curinga do WTI serão os dados semanais norte-americanos sobre os estoques do país. Os números dos estoques na semana de 29 de julho mostraram um aumento de 3,8 milhões de barris, contra uma projeção de redução de 2,8 milhões de barris. Mesmo assim, uma grande queda de estoques nesta semana poderia colocar o WTI em um novo rumo para tentar recuperar os US$ 70.

"Sinais ambíguos de grandes oscilações em estoques e nas exportações, impulsionados por uma arbitragem volátil do Brent-WTI, exacerbaram as oscilações de preços entre US$ 67 e US$ 70 por barril", observou a TD Securities em sua previsão semanal de petróleo.

Declínios nos números da contagem de sondas dos EUA também poderiam fornecer um impulso fundamental maior.

A contagem de sondas para a semana encerrada 3 de agosto, divulgada pela empresa de serviços petrolíferos Baker Hughes, mostrou uma queda de 2 unidades - pouco material para mexer com a produção, mas significativo, apesar de tudo, para a psique dos petroleiros preocupados com a demanda por WTI e crescentes estoques globais.

A produção da Arábia Saudita, principal exportador de petróleo do mundo, aumentou recentemente para cerca de 11 milhões de barris por dia, e a produção dos EUA também chegou a esses níveis. A Rússia, enquanto isso, bombeou mais 150.000 barris por dia em julho a partir do mês anterior e chegou a 11,21 milhões de barris por dia.

Cobre e ouro pode murchar com o aumento do dólar

Se as condições forem iguais, o dólar pode subir pela terceira semana, atingindo não apenas petróleo, mas também ouro e cobre, à medida que os investidores buscam apostas seguras.

O índice dólar atingiu um pico de 95,19 na semana passada, avançando para a máxima de um ano em meados de julho, 95,44. Os fundamentos técnicos diários do Investing.com indicam “Compra Forte” para a moeda, com os padrões de Fibonacci citando a primeira resistência em 95,13, a segunda em 95,22 e a terceira em 95,37. A sustentação foi primeiramente indexada em 94,83, depois a 94,74 e depois a 94,59. O pivô foi visto em 94,98.

Ouro Diário

O ouro se recuperou na semana passada depois de quatro semanas seguidas de perdas que levaram os futuros norte-americanos do metal precioso a US$ 1.205,10 a onça, mínima de março de 2017. Poucos, no entanto, acham que o ouro está fora de jogo, particularmente com os fundamentos técnicos diários sugerindo ainda uma “venda forte” e uma quebra da sustentação de US$ 1.220,90 para começar uma trajetória de alta.

A história não é muito diferente com o cobre, que até agora ignorou uma greve iminente na mina chilena Escondida, que contribui com cerca de 5% da oferta global. Padrões de Fibonacci indicam sustentação a US$ 2,734 por libra frente à liquidação de sexta-feira de US$ 2,748.

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