Ainda estamos longe de viver o “melhor dos mundos” no mercado doméstico, e mais uma vez a instabilidade instaurada fora influenciada por questões políticas que insistem em jogar sucessivos baldes de água fria nas expectativas. Se por um lado temos motivos de sobra para lamentarmos nosso infortúnio e ficarmos com a sensação de “sem rumo,” por outro, temos ainda ministros e parlamentares comprometidos com o Brasil.
Enquanto Temer busca respaldo jurídico e apoio político para manter – se a frente do executivo, o ministro da Fazenda Henrique Meireles corre em prol outra frente: convencer grandes players do mercado que diferentemente da crise enfrentada pela ex - presidente Dilma Rousseff, que atravessava uma grave crise de governabilidade tendo como consequência o congelamento parcial ou total dos projetos no legislativo, o atual governo ainda mantém sua base de sustentação alinhado com suas bandeiras e garante que a agenda de votações de importantes projetos, como o da previdência, não serão afetados pelos últimos escândalos.
Os pedidos de impeachment já estão sendo postos a mesa, e neste momento o que estamos vivenciando são dias de apreensão, que segundo “ultimato do mercado” não podem estender por muito tempo, para que não se anule de todo as boas expectativas e não tenhamos um mercado funcionando sobre o limbo que seria nada mais nada menos que um mercado volátil e lateralizado. Caso os ministérios e legislativo consigam demonstrar para o mercado que conseguem caminhar de forma autônoma sem ser influenciados pelos solavancos políticos e demostrem capacidade em avançar as reformas podemos ter de fato um mercado descolado das questões políticas e não muito receoso com uma possível queda do atual presidente.