Com Inflação Global em Alta, Compre Bolsa Brasil

Publicado 04.04.2022, 13:24
Atualizado 09.07.2023, 07:32
IBOV
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Olá, investidores.

Aqui é a Danielle Lopes, quero trazer para você uma visão atualizada sobre o primeiro semestre de 2022.

O primeiro ponto é que é impressionante lembrar que, em 2020, estávamos em um juro de 2 por cento (saudades!).

De lá para cá, o que mudou?

Pandemia, novas ondas de variantes, guerra entre Rússia e Ucrânia. E muito mais.

Ao longo dos últimos dois anos, atravessamos altos estímulos na economia com a impressão de moeda, estímulos para o consumo e a tomada de crédito dos juros baixos. Resultado? Inflação.

Hoje, com a guerra em curso, o mundo parou para notar a importância das relações comerciais com Rússia e Ucrânia quando diz respeito à exportação de trigo, milho, soja e demais grãos.

Com os conflitos, temos o chamado “choque de oferta'', um nome bonito para nos dizer que o mundo precisa das commodities para produção e que, com a guerra, isso vai faltar. A falta de insumos e o aumento da necessidade por eles gera mais inflação (aumento de preços).

E, desta vez, vivenciamos uma inflação global.

Gráfico apresenta Inflação Brasil (azul), Índice de commodities Bloomberg (roxo), Inflação EUA (branco) e Inflação Zona do Euro (laranja).

Com a inflação alta e os custos em toda a cadeia subindo, os bancos centrais aceleram a subida de juros.

Ainda não há um consenso de “até onde os juros vão”. Acompanhando a Marilia, vemos que o Federal Reserve (Fed) quer intensificar o ritmo e já se fala em juros de pelo menos 5 por cento (e ainda não seria suficiente).

Mas a boa notícia é que dá para ganhar dinheiro com isso!

O mais novo ciclo de bolsa Brasil

É impossível saber para onde a Bolsa vai, mas com certeza ela não respeita a narrativa dos que tentam te vender o medo. E o que ninguém te fala é: Inflação global é ótima para a Bolsa brasileira.

Sendo mais claro: a inflação global que estamos vivenciando hoje é ótima para a Bolsa brasileira.

“Dani, você enlouqueceu?” Calma. Antes de fechar esta news, você há de concordar comigo.

Você deve ter ouvido recentemente a mídia gritando para você vender Bolsa porque a taxa básica de juros (Selic) subiu e os Estados Unidos vão subir mais os juros lá fora. Com isso, a Bolsa vai sofrer cada vez mais.

Não é bem assim.

Na imagem a seguir, observe o comportamento dos juros americanos (Fed Funds) e o Ibovespa em dólares nos últimos 30 anos.

Gráfico apresenta histórico 30 anos dos Juros Americanos (amarelo) e Ibovespa em dólares (branco).
Histórico 30 anos dos Juros Americanos (amarelo) e Ibovespa em dólares (branco). Fonte: Bloomberg.

O IBOV (linha branca) e juros americanos (linha amarela) acompanham ciclos.

Juros sobem, IBOV sobe.

Dos ciclos mais recentes, de 2004 a 2007, o Banco Central americano (Fed) subiu os juros de 1 por cento para 5,25 por cento, uma alta agressiva para os americanos.

Nesse mesmo período, o IBOV subiu +44 por cento.

E o mesmo vale para as quedas. De 2007 a 2015, os juros americanos foram de 5,25 por cento para 0,5 por cento, e o IBOV acumulou queda de -20 por cento.

Na retomada dos juros altos, de 0,5 por cento para 2,5 por cento, o IBOV subiu +60 por cento. Na reversão de juros de 2,5 por cento para 0,25 por cento, o IBOV caiu -20 por cento.

E o mais impressionante é que nesses últimos 30 anos passamos por crises, guerras, pandemias, Selic em alta e Selic em baixa, superciclo de commodities, queda do ciclo de commodities…

E ainda assim a nossa Bolsa acompanhou os juros americanos.

“Você pode ignorar a realidade, mas não pode ignorar as consequências de ignorar a realidade.” Ayn Rand

A inflação global de hoje não é a mesma do passado.

Essa inflação atual é puxada pela forte alta de commodities, e o Brasil (berço de commodities) se beneficia MUITO com tudo isso.

O Brasil é o maior exportador de commodities e o gráfico abaixo mostra exatamente como elas influenciam a nossa economia interna (PIB).

Gráfico apresenta histórico Índice das commodities (verde) e PIB Brasil (branco).
Histórico Índice das commodities (verde) e PIB Brasil (branco). Fonte: Bloomberg.

Commodities para cima, mais dinheiro no país, mais investimentos, economia aquecida.

O resultado do ciclo é inevitável e, após a forte queda do índice de commodities pela crise de 2008, voltamos a subir em consequência dos conflitos mundiais recentes.

Diante desses fatores, estamos diante de uma das melhores oportunidades para comprar Bolsa.

Com SELIC alta, é hora de comprar Bolsa?

Recapitulando até aqui. Juros subindo para conter a inflação global (puxada pelas commodities) beneficiam nosso país (berço de commodities).

As altas das commodities beneficiam nosso índice Ibovespa(IBOV), que possui a maioria de sua composição em commodities e bancos.

Vemos, em quatros momentos abaixo (destacados em verde), que os picos de alta da Selic foram os melhores momentos para se comprar Bolsa.

Gráfico apresenta histórico Ibovespa (branco) e SELIC (laranja).
Histórico Ibovespa (branco) e SELIC (laranja). Fonte: Bloomberg.

Passados os maiores picos de alta da SELIC, a Bolsa galga fortes altas.

Temos uma vantagem enorme no cenário atual por termos começado a subir juros antes dos demais países.

Junto a isso, nos beneficiamos da alta de commodities e saímos de um real totalmente desvalorizado ao longo dos últimos dois anos (o gringo está vindo forte para cá).

Juros maiores (bom momento de compra de Bolsa) + alta de commodities (Bolsa subindo) + moeda valorizada frente aos pares.

Essa é a equação perfeita para surfar uma onda de crescimento.

Vale a pena comprar o índice Ibovespa (IBOV)?

Pelo histórico de resultados e crescimento, vemos muitas empresas boas (e muito baratas), como PetroRio (SA:PRIO3).

PRIO surfa um ótimo crescimento explorando campos maduros de petróleo, beneficiando-se da alta das commodities e da excelente eficiência da companhia em reduzir custos e continuar crescendo.

Pelo excelente histórico de resultados (muito antes do Brent explodir), PRIO valorizou +30 por cento nos últimos 12 meses contra IBOV +4 por cento.

Ibovespa (branco) e PetroRio (azul). Fonte: Bloomberg.

Existem muito mais opções de empresas fora do IBOV e que são melhores do que a cesta do índice, em nossa humilde opinião.

O índice Ibovespa surfa um crescimento com PRIO, mas achamos que uma seleção de carteiras em vez do índice é mais eficiente e rentável no longo prazo.

Selecionamos as melhores ações dentro de uma gama de possibilidades.

E, é claro, não selecionamos somente commodities. Temos uma carteira recheada de boas empresas a ótimos preços.

As melhores sempre envolverão as mais baratas, que crescem mais e que têm mais visibilidade de resultados — o que será essencial para o crescimento e valorização das ações no longo prazo.

No longo prazo, as cotações acompanham os resultados.

Preço PRIO (branco) e Ebitda PRIO (verde). Fonte: Bloomberg.

Perceba como o mercado de renda variável não é uma linha reta. O Ebitda de PRIO cresce de forma constante, mas seus preços oscilam muito mais.

Mas, no longo prazo, selecionar boas empresas para a sua carteira te fará ter ganhos vencedores.

Com os juros altos, compre Bolsa

Com os juros altos, é hora de comprar Bolsa.

Com os juros altos, é hora de ouvir o bom velhinho.

Citação de Warren Buffett: "Os investidores devem ser medrosos quando os outros forem gananciosos e gananciosos quando os outros forem medrosos."

Seja ganancioso quando os outros forem medrosos.

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